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A ForGreen pretende investir entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão na construção de novas plantas de GD solar até o ano que vem. Com 30 usinas operacionais em Minas Gerais (80%), Espírito Santo e São Paulo, totalizando 60 MW, a companhia ambiciona atingir 90 MWp com a conclusão de 55 usinas até dezembro. Já o pipeline futuro agrega mais 150 MWp a serem implementados, podendo somar uma capacidade de 250 MWp até 2025, num crescimento de 300% em seu potencial de geração fotovoltaica.
Os dados foram apresentados à Agência CanalEnergia pelo Co-CEO da empresa, Marcelo Faria, que destacou a assinatura recente de um financiamento de R$ 120 milhões para fechamento do portfólio mencionado, considerando a conta de R$ 4 milhões por MWp instalado. O objetivo é expandir os negócios do Sudeste para o Centro-Oeste e Nordeste, com destaque para prospecções no Mato Grosso, Piauí e Bahia. A ampliação geográfica é necessária visto cada UFV só poder oferecer o aluguel de sua energia dentro da área de concessão onde está instalada.
“Temos a meta de dobrar o número de clientes, mas o objetivo principal é consolidar a atuação com nossos parceiros já firmados”, comenta o executivo. Como a maioria dos agentes do setor no passado, a ForGreen entrou na GD em 2014 como epecista, fazendo projetos para terceiros, principalmente em telhados. Já em 2022 iniciou sua trajetória em implementações de ativos próprios de 1 MWp a 5 MWp. A destinação da energia é feita por um braço comercial para cerca de mil clientes no varejo, além de acordos com a Matrix, Energia de Todos e outras empresas.
Empresa vai expandir construções de 1 MWp a 5 MWp para Centro-Oeste e Nordeste e pretende entrar em UFVs centralizadas em 2025 (ForGreen)
Após um faturamento de mais de R$ 50 milhões no ano passado, Faria não quis revelar a meta trabalhada para esse ano, visto a companhia ter virado uma holding patrimonial, fazendo captação de recursos com diferentes instituições financeiras para construir suas usinas. Ele coloca empresas como a GD Sun e Órigo como principais competidores de mercado em teoria, assim como players maiores como a Energisa e a Cemig. “Não tratamos como rivalidade pois enxergamos espaço para todo mundo”, complementa.
Segundo o Co-CEO, o foco segue definido para a GD solar nos próximos dois anos. No entanto a geração centralizada também está entrando no radar para o futuro, a partir de 2025. “Já temos quatro projetos de 25 MW no interior de MG, em fase de estruturação das licenças e outorgas, num processo mais moroso do que a GD”, explica.
Para Faria, um dos gargalos atualmente no setor de médio porte é um descasamento entre a obtenção de financiamentos a taxas de juros interessantes junto ao prazo de validade dos pareceres de acesso, reclamando que as maiores das linhas de crédito por vezes demoram muito, entre 6 meses há um ano. Assim a companhia acaba perdendo alguns projetos ou tendo que iniciar com recursos próprios. “Além disso tem a dificuldade de fazer novos projetos pela alegação de inversão de fluxo por parte das concessionárias de energia”, finaliza.