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Os eventos climáticos do final do ano passado para cá expuseram uma realidade sobre as redes no Brasil, a sua vulnerabilidade e o tempo de resposta das concessionárias. Não foi apenas com a Enel SP que houve essa questão, outra distribuidora na mira de governo local, mais recentemente, é a CEEE Equatorial. Além do clima, a expansão das renováveis em GD colocam a resiliência do grid no Brasil ganha destaque.

De acordo com a consultoria dss+ há duas linhas de ação que poderiam ser adotadas para a operação das utilities no ambiente nacional, que é classificado pela companhia como único. O primeiro é a gestão integrada de riscos. O segundo ponto seria a formação de um Consórcio Nacional de Resiliência da Rede, ou CNRR.

Um dos principais resultados desse processo, conta, é aprimorar os tempos de resposta e recuperação durante um ou vários eventos extremos, especialmente dada a situação atual no Brasil. Isso visa proteger o fluxo de caixa das operações dessas empresas.

O segundo ponto, explicou o Líder de Práticas Globais da empresa, Nicholas Bahr, seria uma espécie de coalizão de stakeholders. O conflito nessa hora, apesar de reconhecer a existência de tensões entre empresas e autoridades, diz ele que não é saudável.

Nessa abordagem ele cita, em entrevista à Agência CanalEnergia, que participariam agências governamentais, autoridades regulatórias, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, as próprias empresas, provedores de tecnologia e representantes da sociedade civil. A meta aqui é empregar um esforço concentrado para enfrentar os desafios que confrontam a rede nacional e desenvolver soluções coletivamente.

Já o CNRR atuaria como o custodiante de um fundo de emergência central do qual as empresas operadoras poderiam utilizar em áreas afetadas, para acelerar intervenções mitigadoras complexas financiado, por exemplo, pelos valores das penalidades pagas pelas empresas multadas por questões de queda de fornecimento como a Enel.

“A resiliência não se alcança no curto prazo, é necessário que haja vários anos de investimentos e de um trabalho com foco nesse objetivo”, comentou ele. “Colocar esses valores pagos pelas concessionárias em um fundo e usar os recursos em aportes visando uma rede mais resiliente, poderia ser um caminho. Uma rede mais forte não está imune aos problemas, mas proporciona uma resposta mais rápida”, acrescentou.

Ele defende ainda a adoção de uma cultura de colaboração entre os empregados das empresas para que os problemas sejam identificados mais rapidamente e as soluções implementadas com mais agilidade. Além disso, sugere uma visão holística do processo.

Por outro lado, aponta o executivo, à medida que o cenário regulatório do Brasil passa por transformações, classifica como fundamental que as companhias adotem uma estratégia proativa de conformidade. Assim, podem se antecipar e se adapte às mudanças que se aproximam. A dss+ diz que isso envolve participar ativamente do processo legislativo e regulatório, não apenas para garantir a conformidade com as regulamentações emergentes, mas também, para influenciar sua formulação.