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O Grupo Ludfor lançou recentemente a Simplifica Energia, que foi criada para atender exclusivamente os consumidores varejistas, que são as pequenas empresas conectadas no grupo A (média/alta tensão) junto à distribuidora local, com demanda mínima de 30 kW, o que equivale a valores de contas de energia em torno de R$ 5 mil por mês. Para criar a Simplifica Energia, foi investido cerca de R$ 10 milhões, com a expectativa de um faturamento de R$ 20 milhões até 2027, ou seja, nos próximos três anos.

A diretora comercial da Simplifica Energia, Adriana Luz, disse à Agência CanalEnergia que até o final de 2024 a empresa pretende alcançar 300 novos clientes de varejo. “Desde os dois primeiros meses desse ano nós já estamos com 50 clientes operando e se somarmos o grupo como um todo, Ludfor e Simplifica, a gente vai chegar a 1.000 clientes até o final de 2024”, disse.

Desde janeiro de 2024, através da Portaria 50/2022 do MME, cerca de 165 mil unidades consumidoras passaram a poder escolher o próprio fornecedor de energia e migrar ao mercado livre através desse modelo varejista. “Aproximadamente 800 empresas estão migrando no ano de 2024 no formato varejista em todo o Grupo Ludfor. Isso representa 7% de todo o mercado, que possui atualmente cerca de 100 comercializadoras varejistas atendendo esse novo modelo do mercado livre de energia elétrica. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 12 mil consumidores manifestaram interesse em migrar para o mercado livre em 2024”, ressaltou Adriana.

Diante deste cenário, a diretora da Simplifica afirmou que vê o mercado varejista no Brasil com muito potencial. “Atualmente cerca de 42 mil empresas estão no mercado livre de energia, isso que já tem 25 anos. E recentemente a Abraceel divulgou um número que mostra que nos próximos 12 meses cerca de 20 mil clientes (unidades consumidoras) devem migrar para esse mercado. É um mercado de muita oportunidade e potencial não só para o cliente, mas também para os empresários identificarem sinergias de produtos que possam agregar ali colocando energia elétrica como mais um item no portfólio”, explicou. Ela ainda destacou que a abertura do mercado traz oportunidade de desenvolvimento de novos negócios e investimentos em tecnologias.

Hoje os principais segmentos das empresas atendidas pela Simplifica Energia são: pequenas indústrias, condomínios residenciais, hotéis, colégios, clínicas e hospitais. E Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com maior concentração de clientes da startup, porém a atuação é em nível nacional, tendo vários canais de vendas que atuam em todo o país.

A empresa também desenvolveu produtos específicos para atender essa nova demanda do mercado, de forma simples e sem burocracia, trazendo toda a segurança para que o consumidor possa migrar ao mercado livre. Na média, os clientes gastam R$ 9 mil por mês na conta de energia. As primeiras empresas que migraram já alcançaram uma economia em torno de 30% a 35%.

Segundo Adriana, hoje a companhia tem dois produtos principais: o preço fixo e o benefício garantido, no primeiro é estabelecido um preço para a energia, proporcionando estabilidade e eliminando surpresas desagradáveis. Já no segundo, o desconto na fatura de energia é fixo e definido antecipadamente. A porcentagem de desconto não muda, então todos os meses o valor virá com a porcentagem já descontada.

A diretora da Simplifica afirmou que o benefício garantido tem sido o maior diferencial, isso porque hoje pouquíssimas empresas no mercado oferecem esse produto. “Ele já contempla todos os custos envolvidos no mercado de energia e aí o cliente consegue ter mais segurança. É um produto de mais fácil de aceitação por parte do cliente porque ainda existe muito receio com relação ao mercado livre de energia. Ainda tem muito consumidor que tem medo de migrar e ficar sem energia elétrica. Mas na verdade isso não existe, porque a figura da entrega física continua sendo única exclusiva da distribuidora no Brasil todo”, ressaltou.

“A energia elétrica representa cerca de 20% nos custos operacionais de uma pequena empresa. Ao migrar para o mercado livre, as PMEs podem escolher o próprio fornecedor de energia e negociar preços e demais condições comerciais adequadas ao seu negócio, o que traz economia, previsibilidade e a liberdade de gerenciar essa conta de tanta relevância em seu negócio”, completa Adriana.

Planos futuros

Para os próximos anos, o plano da empresa é continuar investindo fortemente em captação de parcerias qualificadas e alcançar o máximo possível de empresas. Adriana também comentou com à Agência CanalEnergia que além disso eles querem levar conhecimento e informação sobre esse mercado, pois perceberam que existe uma carência muito grande de informações sobre o mercado livre de energia no país.