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A EDP quer automatizar cada vez mais a manutenção de plantas solares no Brasil. A empresa trouxe para a Web Summit, no Rio de Janeiro (RJ), um robô que limpa as placas solares. De acordo com Daniel Albuquerque, gerente sênior de projetos da EDP New, cada vez mais as plantas solares vão ficar maiores e em locais remotos, o que encarece e dificulta a manutenção. “Uma maneira de evitar isso é termos robôs é tornar toda parte de manutenção robotizada”, explica.
Dentre as vantagens, estão a redução no tempo da limpeza na comparação a realizada por uma pessoa e o menor uso de água. O gerente da EDP conta que o risco de quebra das placas, que pode acontecer em caso de acidentes com queda, é mitigado com a máquina. “O robô foi construído para não quebrar painéis, pode andar por cima deles”, relata. A manutenção em solares flutuantes também elimina chances de acidentes.
Outro ponto que o gerente da EDP destaca é que com a máquina, as tarefas podem ser feitas durante a noite, o que por não acontece quando executada pela mão humana, por necessitar de iluminação natural. “Se fizermos uma manutenção noturna, que os robôs conseguem fazer sem qualquer tipo de problema, nós não estamos interferindo na produção da central geradora”, aponta.
O robô usado pela EDP, que custa cerca de R$ 240 mil, já tem mais de 700 unidades, atua sem intervenção humana e já está em operação no mundo. No Brasil, a máquina é usada na UFV de Pereira Barreto (SP – 252,2 MWdc) mas ainda não é autônoma. A expectativa é que seja adaptado dentro do projeto Talos para que funcione sozinho. Albuquerque conta que o crescimento de cana de açúcar nessa planta é muito forte, o que demanda o corte frequente por uma equipe. A intenção é que o robô consiga fazer tarefas como essa, além de cortar grama.
A máquina faz uso de inteligência artificial, com os robôs operando com conhecimento das usinas para reconhecer as estruturas. O uso de drones para manutenção pela EDP está previsto. Inspeções aéreas terão imagens enviadas e processadas por meio de IA. O equipamento também pode ser usado em sistemas de geração distribuída, embora o leque de aplicações seja menor, em função do tamanho menor dos sistemas da modalidade.
O robô, que estava para demonstração no estande da EDP na Web Summit, no Rio de Janeiro, integra o Projeto Talos, que tem por objetivo desenvolver tecnologia de ponta para a operação e manutenção de usinas solares através da robótica, de forma a tornar o O&M autônomo e sem intervenção humana. O CEO da EDP, José Marques da Cruz, em conversa com jornalistas durante o evento, ressaltou os ganhos que o robô traz no uso mão de obra humana e no uso de água.