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O relatório “Transição Energética na América Latina: estratégias, barreiras e oportunidades”, lançado pela Aggreko, destaca que no Brasil, 66% dos profissionais do setor energético consideram a transição para fontes de energia sustentáveis como uma oportunidade de negócio. O objetivo do relatório foi entender as abordagens das empresas diante dos desafios e oportunidades na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
De acordo com o estudo, que reuniu 830 profissionais do setor elétrico e de infraestrutura, nos últimos anos, a América Latina tem testemunhado uma grande transformação em seu setor energético, com um forte interesse em fontes limpas e sustentáveis, além da garantia da segurança energética.
Os dados referentes ao Brasil também mostram que 33% dizem que a transição para fontes limpas é a principal prioridade comercial e já existem muitas soluções sustentáveis e planos em vigor. Outro indicativo do estudo é que 26% consideram que o principal motivo pelo qual a sua empresa não está fazendo a transição para fontes de energia sustentável neste momento é a falta de clareza sobre a legislação, os regulamentos e os subsídios.
Segundo Hugo Dominguez, Líder de Utilities/Setor Elétrico de Infraestrutura para América Latina e o Caribe na Aggreko, evidencia-se uma clara tendência na América Latina em direção a um futuro energético mais sustentável. Para ele, as descobertas reforçam a necessidade de uma abordagem colaborativa entre empresas, governos e entidades regulatórias para criar um ambiente mais favorável à transição energética na região.
Entre as descobertas, está a preferência por Energia como Serviço (35%) como um modelo de negócio, no qual uma empresa fornece e gerencia todos os aspectos da infraestrutura de energia para seus clientes, incluindo instalação, operação, manutenção e até mesmo o financiamento de sistemas de energia. Em seguida, aparece Operação e Manutenção (32%) – modelo em que a empresa prestadora do serviço é responsável por garantir que as instalações funcionem de maneira eficiente e confiável ao longo do tempo, e “Direct Selling” (19%), que envolve a venda direta de energia, onde os fornecedores de energia vendem eletricidade ou outros produtos diretamente aos consumidores finais, sem intermediários.
Alguns países específicos destoam em suas escolhas. Na Colômbia, em que apenas 13% se sentem mais confortáveis com o modelo O&M, com 55% preferindo o “Energy as a Service”. Já no Chile, a preferência se inverte, com 40% preferindo O&M. A pesquisa também revelou que as empresas têm uma visão geral positiva em relação à transição para fontes de energia sustentável, com 65% considerando-a uma oportunidade significativa. Cerca de 34% dos respondentes veem a transição para fontes de energia sustentáveis como uma prioridade máxima e já têm planos sustentáveis em vigor. Outros 20% a classificam entre as três principais preocupações relacionadas aos negócios.
Tecnologias emergentes, como o hidrogênio e o armazenamento de energia por bateria, estão ganhando força, indicando um olhar atento para inovações que impulsionarão a transição. Vale ressaltar que as soluções híbridas (26%), que combinam fontes renováveis e fósseis, também são consideradas importante.
Quanto ao fator de maior relevância a ser trabalhado para aumentar a penetração de fontes de energia renováveis, o investimento estrutural foi destacado por 35% dos entrevistados. Esse investimento pode incluir o desenvolvimento de infraestrutura, modernização de redes elétricas e a atualização de instalações para acomodar fontes de energia limpa. 22% dos entrevistados também destacam a integração de soluções de armazenamento como um fator crítico para impulsionar a adoção de energias renováveis, ressaltando a importância de estratégias de armazenamento para lidar com a intermitência dessas fontes.