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Com planos de investir R$ 1,65 bilhão nos próximos cinco anos em hídrica e solar, a J6 Energia Renovável está à espera das melhores oportunidades para iniciar a execução dos projetos de expansão. Com uma aposta para as PCHs, o braço de energia renovável do Grupo J. Malucelli quer desenvolver 62 MW na fonte. Em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia, Fernanda Forbeck de Castro Sawaia, presidente da empresa, avalia que esse tipo de usinas tem muitas vantagens e aguarda os leilões de energia para viabilizar os projetos. “Estamos apostando que venham leilões com condições de enquadramento das PCHs e com boas tarifas que viabilizem os empreendimentos”, explica.

Desde o ano passado, não são realizados leilões de energia nova. A ausência seria justificada pela baixa demanda. A esperança para empreendedores como a J6 pode ser a lei que permitiu a privatização da Eletrobras. Na lei há uma obrigatoriedade de realização de leilões que contemplem a fonte. Em 2022, foram realizados leilões para a fonte.

A presidente da J6 Energia Renovável vê a modernização do setor como necessária, mas adverte sobre a necessidade de uma estruturação que garanta o equilíbrio do setor e não traga prejuízos. “Todas as contas têm que ser avaliadas para que possamos ter uma condição que seja tão boa para o gerador quanto para o consumidor e casada com as necessidades de energia e a situações do país”, observa.

A J6 inaugurou na última quinta-feira, 25 de abril, três UFVs para geração distribuída, com potência instalada total de 3 MW, no município de Trindade, em Goiás. A subsidiária do Grupo J. Malucelli também tem dois parques híbridos no Rio Grande do Norte em desenvolvimento. Joazeiro, em Bodó, tem 916 MW, sendo 718,7 MW solares e 198 MW eólicos. Já Belos Ventos, em Macau, tem 522,4 MW solares e 130,5 MW eólicos.

Sobre esses projetos híbridos, Fernanda Sawaia conta que eles ainda estão em fase inicial de desenvolvimento, sem ter o modelo de negócio ou mesmo os fornecedores definidos. A energia pode ser destinada para o mercado livre, mas o regulado ou as duas opções não estão descartadas.

A executiva também não descarta a entrada de um sócio nos projetos híbridos. O sócio poderia atuar tanto nas duas fontes quanto em apenas uma. A executiva elogia a atratividade dos projetos e o potencial dos parques. Segundo ela, são seis anos de medição eólica e três de solar, que permitem a sua implantação. “A área é muito boa. Hoje as áreas tanto de Belos Ventos quanto de Joazeiro permitem a implantação de solar, eólica ou a junção das duas fontes”, comenta. Em caso de boas oportunidades, aquisições não estariam descartadas.

Um dos trunfos para colocar os projetos de pé é a expertise que o grupo J. Malucelli tem no setor. Desde 2001, já foram R$ 7,7 bilhões investidos no setor. Entre desenvolvimento, implantação e operação foram mais de 500 MW entre projetos hídricos, solares, eólicos, biomassa e biogás de aterro, mais de 1.300 km em Linhas de Transmissão implantadas e 5.000 MVA em Subestações.

Em operação são 32 MW da UHE Espora (GO) e a PCH (30 MW – GO), no rio Corrente além de uma participação na UHE Belo Monte que equivale a 28 MW. Na GD, as UFVs Limirim II, III e IV, somam 3 MW.

Ela elege como desafio para colocar os projetos em prática uma demanda que sustente o crescimento do setor, assim como tarifas que possibilitem a construção dos projetos. Outro aspecto considerado por Fernanda Sawaia com desafiador é a subida dos valores para implantação das usinas. “Os custos aumentaram bastante. Temos que equacionar todos esses campos para viabilizar a implantação, o crescimento do país e do setor”, aponta.