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Para o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica e consultor Edvaldo Santana, o próximo leilão de reserva da capacidade, além da entrada de baterias, que vendo sendo cogitada para disputar o certame junto com as soluções de UHEs e UTEs, também poderia incluir a resposta da demanda. Não há nenhuma confirmação sobre novas inclusões. De acordo com Santana, que participou nesta quinta-feira, 2 de maio, de Meet Up para assinantes do CanalEnergia, é estranho que a resposta da demanda, por ser a mais barata das soluções, não tenha sido incluída. “A grande indústria continua dizendo que está disponível”, explica.

Ele vê pouca atenção dispensada para a resposta da demanda no país, embora já exista um contrato entre o operador do sistema e a grande indústria para a execução. Não haveria sobreoferta de potência e sim de energia. O programa de resposta da demanda é um mecanismo que viabiliza a redução ou deslocamento voluntários da demanda por grandes consumidores que estão no mercado livre. Há um deslocamento para períodos alternativos, evitando o estresse do sistema no pico.

Um leilão separado para cada fonte seria o ideal para o êxito do leilão de reserva de capacidade. Ele explica que UHEs, UTEs e baterias possuem atributos que as credenciam para o certame mas que há diferenciações que causariam defecções no preço final. A bateria, com máximo de três horas, não competiria com a UTE na duração do despacho. Já a UHE seria a única capaz de atender a reserva de capacidade por vários dias depois de acionado e de modo imediato. “Todos têm capacidade de atender mas de maneira diferente”, pontua.

Para Santana, flexibilidade será um atributo importante

Santana disse ainda no Meet Up que a flexibilidade será um atributo importante, não sendo mais avaliado como serviço ancilar, recebendo apenas pelo custo. “O recurso escasso não é mais energia e sim flexibilidade ou potência”. Para ele, quem tem mais potência para entregar mais rápido, deve ser premiado.

Sobre a renovação das concessões na distribuição, o ex-diretor da Aneel acredita que o foco deve ser na qualidade e não na tarifa. Para ele, o período de contrato no Brasil, de 30 anos, é curto na comparação com países como o Canadá em que a duração é de 70 anos. Esse alongamento possibilitaria que investimentos mais pujantes fossem feitos, como no DEC, que poderia ter compromisso de redução para minutos em vez de obras. “Teria um esforço de investimento, mas vão ganhar um prazo maior para a concessão”, pontua.

Ele não vê tempo para que isso seja feito e considera que o tempo para manifestação das concessionárias era curto. Mas prega uma renovação excepcional de cinco anos para se discutisse uma solução melhor elaborada. A publicação do decreto acabou pressionando os agentes e inibindo investimentos, impactando mais ainda a qualidade do serviço.