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A agência de classificação de risco Moody’s afirmou o rating em escala global da Eletrobras em Ba2 e a Baseline Credit Assessment (BCA) em ba3, mantendo a perspectiva estável.
De acordo com a Moody´s, a perspectiva estável do rating da Eletrobras incorpora a visão de que a empresa administrará prudentemente seus saldos de caixa durante os próximos 12 a 18 meses para manter liquidez adequada antes das próximas obrigações de dívida e investimento. A partir de dezembro de 2023, a empresa reportou saldo de caixa consolidado de aproximadamente R$ 19 bilhões, que foi reforçado ainda mais durante o primeiro trimestre deste ano com emissões de dívida de R$ 5,5 bilhões no mercado de capitais local. Os rendimentos destas transações juntamente com o saldo de caixa são suficientes para cobrir o obrigações consolidadas da empresa para os próximos 12 a 18 meses.
O rating reconhece a posição dominante da empresa no mercado local e o seu forte perfil empresarial na sequência da renovação das concessões hidroelétricas e da participação crescente nas receitas de transmissão, o que acrescenta previsibilidade aos negócios da empresa fluxos de caixa. No entanto, também reflete a expectativa da Moody’s de que o a estrutura de capital prospectiva e os fluxos de caixa futuros continuarão desafiados pela exposição a receitas não contratadas, em meio a preços de energia baseados no mercado mais baixos do que o previsto no Brasil, e planos de investimento crescentes que limitarão o ritmo de desalavancagem até 2027. O cenário base do rating que o fluxo de caixa operacional (CFO) da empresa, capital de giro pré (CFO pré-WC)/dívida líquida deverá ficar abaixo de 10%, com cobertura de juros variando em torno de 2,0x nos próximos três anos. Essas métricas não incluem os R$ 25,8 bilhões de garantias extrapatrimoniais para dívidas emitidas por subsidiárias não consolidadas e contingências de cerca de R$ 26,5 bilhões.
A agência de risco também deixou claro em seu relatório que uma elevação do rating Ba2 da Eletrobras é improvável nos próximos 12 a 18 meses porque as métricas de crédito da empresa permanecerão relativamente fracas para sua categoria de rating. Uma atualização dependeria da trajetória de desalavancagem da empresa, ao mesmo tempo que manutenção de um perfil de liquidez adequado. Por outro lado, os ratings poderão ser rebaixados se houver uma mudança estratégica em direção a uma classificação mais política financeira agressiva que engloba pagamentos de dividendos mais elevados ou alavancagem aquisições.
O relatório também apontou que a estrutura organizacional da empresa vem evoluindo nos últimos anos, como resultado de um plano estratégico de negócios de longo prazo que incorpore iniciativas para melhorar controles, para melhorar a eficiência operacional e extrair maiores sinergias de seu núcleo negócios de geração e transmissão de energia renovável.
Cemig
A Moody’s também mudou hoje para positiva a perspectiva da Cemig e suas subsidiárias (Cemig D, Cemig GT). A agência afirmou o Ba2 CFR para a Cemig e rating de emissor de longo prazo Ba2 e ba2 BCAs para suas subsidiárias.
Segundo a agência, o robusto perfil de crédito da Cemig é atualmente limitado pelo soberano, dada a sua base de receitas locais e perfil de negócios regulamentado, entre outras considerações. Ela ainda destacou que a mudança na classificação é reflexo do rating B2 do Estado de Minas Gerais como acionista controlador e provedor de suporte da Cemig.
A Moody’s ainda reconheceu a situação mais fraca da qualidade de crédito do Estado de Minas Gerais restringe a capacidade da empresa de receber apoio financeiro oportuno, se necessário. “No entanto, assumimos que alguma forma de o apoio extraordinário do Estado ou indiretamente do governo central estar disponível num cenário de stress, dada a natureza essencial da sua regulamentação”, disse em comunicado.
Ela ainda destacou que atualmente, o perfil de liquidez da Cemig é bom, pois em dezembro de 2023, a companhia reportou um posição de caixa consolidada de R$ 2,3 bilhões, ante R$ 2,6 bilhões de dívida e vencimentos em 2024. Além disso, a Cemig captou recentemente R$ 2 bilhões via emissão de debêntures da Cemig D e anunciou que irá alienar sua participação na Aliança Energia por receitas esperadas de aproximadamente R$ 2,8 bilhões.
State Grid
A Moody’s também mudou para positiva a perspectiva da State Grid Brazil Holding e ao mesmo tempo, o rating de emissor Baa3 foi afirmado.
Segundo a agência, a perspectiva positiva do rating também se baseia na expectativa de que o perfil de crédito permanecerá robusto durante os próximos 3 a 5 anos, à medida que a gestão mantém uma abordagem conservadora em relação à gestão de caixa enquanto a empresa busca oportunidades de crescimento no Brasil. Considera ainda a avaliação da Moody’s sobre o probabilidade de apoio contínuo de seu acionista controlador, State Grid International Development Limited, com base na estratégia alinhamento entre as duas entidades, ligação estrutural através de cross-default aceleração e o histórico de apoio financeiro recebido da controladora estrangeira.
TAG
A Moody’s também mudou para positiva a perspectiva da Transportadora Associada de Gás (TAG). Na mesma ocasião, o rating corporativo Ba1 foi afirmado. A mudança na perspectiva engloba a mudança da sobre o Governo do Brasil (Ba2 positivo). Segundo a agência, isso sugere uma possível atualização na classificação da TAG se a classificação soberana melhorar. Especificamente, o robusto perfil de crédito da TAG indica uma potencial para uma classificação mais elevada que está atualmente limitado pela classificação soberana dada a sua base de receitas locais e perfil de negócios regulamentado.