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Para uma tomada de decisão acerca da aplicação de capital que reduza o risco e maximize o lucro, saber valorar todo o projeto fotovoltaico, desde a qualidade dos ativos, condições contratuais e demais fatores é crucial. Esse foi um dos temas do Greener Summit 2024, realizado nesta terça-feira, 07 de maio, em São Paulo.
Marcio Takata, CEO da Greener, destacou alguns critérios que mais influenciam positivamente ou negativamente o valuation de um ativo solar. Segundo ele, uma pesquisa realizada ano passado mostrou que 55% das empresas tem como objetivo manter-se como proprietários, fazendo gestão de ativo, 28% estão atrás de captação de investidores para a venda integral do ativo, 14% captação de investidores para a venda parcial do ativo e 3% outros. “Desse total 42% procuram pela venda parcial/integral do portifólio”, disse.
Ainda durante a sua apresentação, Takata destacou que o que define o valor do ativo é basicamente o fluxo de caixa e riscos. “O fluxo de caixa basicamente engloba as receitas + custos (operacionais e financeiros). E quanto maior lucro gerar maior potencial de valor do ativo. Já os riscos são aqueles comerciais (rating do formador de energia), desenvolvimento (fundiário, ambiental) e técnicos (equipamentos, construção)”, explicou.
Takata também afirmou que os riscos envolvidos nos processos são muito importantes. “Temos trabalhado bastante para o lado do investidor para entender os riscos, que a percepção de risco tem influencia no valor do ativo e fluxo de caixa”, disse. E para diminuir essas incertezas, o executivo declarou que existe um GAP entre expectativa do vendedor e comprador. “Falta de maturidade do valor real e o comprador querendo o menor valor possível. É importante entender o perfil onde há um match, onde o vendedor sabe o seu fluxo de caixa e o comprador também esteja alinhado. É necessário buscar um alinhamento em perfis que façam sentido”, explicou.
Takata também explicou durante a sua apresentação no Greener Summit 24, que o processo de M&A segue o seguinte status: reunião, alinhamento de expectativa, pré-qualificação do ativo, valuation, apresentação do ativo, oferta de compra, diligencia e closing.
E para diminuir as incertezas é necessário um alinhamento de estratégia, expectativas e olhar os ativos. “Hoje temos mais 1.500 usinas FV, 5 GW de potência, 58 áreas de concessão e mais de 250 donos de ativos. Fora os que não estão no nosso mapeamento. E como conectar? É importante entender as características dos projetos e onde eles estão e onde existe o potencial conexão e mais valiosa”, pontuou. Ele ainda deu o exemplo do estado de Goiás, onde existem 99 usinas FV (GD remota), 350MW, 38 donos. “É necessário potencializar as sinergias com otimização de custos comerciais e otimização operacional”.