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A Auren está animada com o leilão de reserva de capacidade, que deve acontecer em agosto deste ano. Em teleconferência realizada nesta quarta-feira, 8 de maio, o CEO Fabio Zanfelice acredita que o certame deva ser realizado no terceiro trimestre e elogiou o tipo de remuneração – por meio de receita fixada – que será como a de um ativo de transmissão, algo considerado estável para o investidor. “Continuamos engajados, é uma boa oportunidade em um ativo que terá receita fixa”, avisa.

A Auren já havia revelado em março que a UHE Porto Primavera (SP – 1.540 MW) tem quatro espaços disponíveis para ampliar a sua potência até 1.980 MW e participar do leilão. Na ocasião, a Auren ainda não tinha o custo da ampliação da capacidade.

Segundo o executivo, a companhia fez um importante movimento ao concentrar o nível de contratação entre 2024 e 2026. Nesse período, a contratação gira em torno de 91%. Em 2027 o percentual nível consolidado cai para 75% e em 2028 vai a 77%, ficando em 63% na média de 2029 até 2033. o preço médio de energia vendida em 2026 e 2027 varia de R$ 150/ MWh a 160/ MWh. Ele lembra que, em 2022, ao observar que as condições de mercado poderiam ser favoráveis, o portfólio foi travado para os três anos seguintes, assim como no ano passado, quando adquiriu energia barata para ser comercializada agora.

Durante a teleconferência, o CEO revelou que a geração eólica deve entrar na normalidade no restante do ano. “Não estamos observando nenhum grande evento climático como ocorreu agora no segundo semestre”, aponta. No primeiro trimestre do ano, os ventos foram abaixo do esperado.

Os ventos nos três primeiros meses do ano foram os piores da série histórica. A produção no trimestre foi impactada pela velocidade média do vento de 5,2 m/s, que foi 12% menor que a registrada no mesmo período do ano passado. com isso, a produção do trimestre foi 18% abaixo do P90 e 23% inferior a P50.