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As usinas híbridas tem um papel fundamental no quesito de otimizar a produção energética de acordo com as variações sazonais e climáticas do local, além de aproveitar de forma mais eficiente o escasso recurso de escoamento ao compartilhar o ponto de conexão. Para o gerente de energia solar da Casa dos Ventos, Guilherme Castro, esse cenário é visto com uma perspectiva positiva.
O executivo afirmou durante o Greener Summit 2024, realizado na última quarta-feira, 08 de maio, que muitas vezes a solar ajuda na operação de um parque eólico. “Com isso você tira a principal dor do setor que é o acesso ao grid”, disse. Ele ainda sugeriu que empresas do segmento solar busquem parceiros no eólico para fazer essas conexões, que, segundo Castro, é uma oportunidade que o mercado pode explorar.
Castro também comentou que no ano passado foi feito um estudo onde foi observado um overload ratio tipicamente menor do que as usinas solares. “Temos visto entre 1,1 e 1,15 a depender do valor do dólar, mas também vimos em análises recentes cerca 1,2 para os híbridos”, disse.
Quando questionado sobre os efeitos das usinas hibridas, Castro destacou que estudos mostram que as eólicas são muito mais complexas que as solares, mas juntas elas podem usar a mesma infraestrutura. “O problema de começar por uma usina solar é que depois para associar uma eólica dificilmente o desenvolvimento olhou no início para o vento, entre outras coisas”. Por outro lado, ele afirmou que em um parque eólico existe uma área que normalmente atende aos requisitos de uma solar. “Vemos isso como um caso mais natural, não impeditivo, mas avaliar é necessário”, ressaltou.
Contudo, o executivo pontou que é necessário estar atento ao sombreamento que a eólica poderá causar em uma usina solar, que pode ser contornado através de um distanciamento. Ele ainda destacou que aqui no Brasil temos uma vantagem de ter terrenos maiores, já que na Europa eles tem muitas eólicas próximas os solares.
O executivo também disse durante a sua participação no evento que a Casa dos Ventos já olha para esses negócios híbridos desde 2015.