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A Copel fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 533,5 milhões, caindo 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados publicados, a receita líquida subiu 2,8% para R$ 5,4 bilhões, impulsionadas pelo aumento de 20,7% nas receitas de disponibilidade da rede elétrica e de 15,8% no faturamento com o fornecimento de eletricidade. O Ebitda ficou em R$ 1,4 bilhão, queda de 8,1% no ano associada ao menor preço médio de energia vendida pela área de Geração e Transmissão e aumento das despesas com provisões e reversões de R$ 87,2 milhões.
Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 4,46 bilhões, aumento de 6,8%, enquanto a dívida líquida ficou estável em R$ 15 bilhões. O mercado fio da distribuidora computou alta de 10,3% no consumo de energia elétrica no período, puxado por temperaturas mais elevadas. Considerando a energia compensada de MMGD, o incremento seria de 7,9% no trimestre.
Por sua vez, a demanda por energia no ambiente cativo apresentou aumento de 11,7% entre janeiro e março. As perdas totais foram de 2.705,8 GWh, ante 2.794,0 GWh no período passado. Em termos de classificação, as técnicas representaram 80,2% e as não técnicas 19,8%. Para o DEC, o resultado dos últimos 12 meses é de 8,21 horas, enquanto o FEC registrou 5,27 interrupções, ambos abaixo do limite regulatório mas acima do período imediatamente anterior.
“Estamos sofrendo com as mudanças climáticas, o que vem afetando os indicadores de diversas distribuidoras no Brasil”, apontou o presidente da companhia, Daniel Slaviero, durante teleconferência ao mercado nessa quinta-feira, 9 de maio. Ele afirmou que a concessionária está investindo na rede e avaliando as áreas que mais sofreram com os temporais, atuando principalmente na manutenção preventiva como poda de árvores para evitar que novos problemas aconteçam.
Desinvestimentos e leilão de reserva
A empresa também informou que o seu conselho de administração aprovou o início da etapa não vinculante para potencial desinvestimento em 13 ativos de geração de pequeno porte da Copel GeT. Os empreendimentos somam 118,7 MW de capacidade instalada entre cinco CGHs, cinco PCHs, a eólica Palmas, hidrelétrica Guaricana e a térmica Figueira. “Juntamos os ativos num cluster e colocamos a mercado para eficientização dos nossos recursos, numa estratégia de geração de valor e simplificação”, comenta o executivo.
Sobre o leilão de capacidade, a companhia lida com uma expectativa de que o certame seja prorrogado de agosto para final de setembro, já que teve uma postergação em etapa de consulta pública. E que não possui, no curto prazo, nenhuma intenção de ampliação de investimentos em projetos eólicos ou solares, dada a conjuntura de preços, descartando projetos greenfield ou brownfield nesse momento. “Prioridade é a estratégia e valor e o leilão de capacidade e transmissão”, conclui Slaviero.