Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Para continuar tendo acesso a todos os nossos conteúdos, escolha um dos nossos planos e assine!
Redação
de R$ 47,60
R$
21
,90
Mensais
Notícias abertas CanalEnergia
Newsletter Volts
Notícias fechadas CanalEnergia
Podcast CanalEnergia
Reportagens especiais
Artigos de especialistas
+ Acesso a 5 conteúdos exclusivos do plano PROFISSIONAL por mês
Profissional
R$
82
,70
Mensais
Acesso ILIMITADO a todo conteúdo do CANALENERGIA
Jornalismo, serviço e monitoramento de informações para profissionais exigentes!

A viagem inaugural da primeira voadeira elétrica da região Amazônica aconteceu na última quinta-feira, 09 de maio, em Altamira, no Pará. O transporte de passageiros por meio de embarcação movida a energia elétrica é um projeto iniciado em 2022 pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, com a Universidade Federal do Pará (UFPA). O objetivo é contribuir para a descarbonização do Xingu, a partir do desenvolvimento de baterias nacionais para propulsão elétrica, e substituir combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel, por fonte de energia limpa.

Segundo a Norte Energia, a voadeira é um transporte comum e usado há décadas para deslocamentos de famílias e pescadores na região Amazônica. Com o protótipo construído pela companhia, a intenção é deixar a tecnologia como legado para que, num futuro não tão distante, as voadeiras elétricas sejam uma realidade acessível para a população do Xingu. As embarcações batizadas Poraquê I e II, em alusão ao peixe elétrico, têm sua versão desenvolvida por especialista em engenharia Naval da UFPA com a área de Sustentabilidade da empresa.

A Norte Energia investiu R$ 550.000,00 nos protótipos, incluindo estudos especializados em conjunto com a UFPA, a aquisição dos equipamentos chineses, um conjunto de baterias de fornecedor nacional e o desenvolvimento de projeto e construção dos cascos das embarcações. São dois barcos, de oito metros de comprimento e capacidade para transportar até seis pessoas e de 10 metros para conduzir até oito pessoas, com velocidade média de 27 km/h e autonomia para percorrer, por exemplo, os 40 km que separam Altamira da Usina Pimental, que integra o Complexo Belo Monte.

As voadeiras são movidas por um conjunto de dois motores de 20HP cada e possuem entre três e quatro baterias. O principal desafio do projeto é conciliar maior autonomia de viagem com baterias menores, mais leves e com menos tempo de recarga. Isso porque cada conjunto pesa em torno de 60 kg, o que ainda é considerado alto. A recarga das baterias será feita em dois postos, um no Porto dos Areeiros, em Altamira, e o outro junto ao Sistema de Transposição de Embarcações (STE), em Pimental. O tempo para carregar dura entre duas e três horas. A energia será fornecida pela Usina Fotovoltaica de Altamira, construída pela Norte Energia.