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O ambiente de contratação livre (ACL) já representa mais de 37,2% do consumo de energia elétrica nacional e cerca de 63% está no mercado regulado. “E isso representa um grande potencial e aumentar essa parcela para 40% ou 45% vai significar uma oportunidade muito grande de uma mudança de como hoje a energia elétrica é suprida e quais são os contratos e também os agentes que fazem parte desse mercado”, disse o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.

Dados apresentados por Sauaia durante um evento da Absolar em São Paulo mostram que a expectativa da participação do ACL na expansão da geração irá de 70% em 2024 para 98% em 2027. Já a expectativa da participação da solar FV na expansão do ACL será de 57,40% em 2024 e em 2032 será de 100%.

“A gente percebe que de fato o mercado livre passa a ter posição protagonista. Fora o ano de 2025, onde a expansão pelo mercado livre representa 35% do que está hoje já contratado, a gente percebe que de fato o mercado livre de energia lidera a expansão da matriz elétrica brasileira e não é uma liderança por pouco, há uma liderança avassaladora”, revelou.

Entre os estados, Minas Gerais e Pará lideram a participação no ACL. “Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro que já vemos uma mudança nesse cenário é um estado onde hoje o mercado livre já representa mais da metade de todo o suprimento de energia elétrica, dessa região são mais ou menos 54% de mercado livre hoje em toda a demanda de MG”, disse.

Ainda durante o evento, Sauaia afirmou que a Absolar defende a abertura mais ampla do mercado já a partir de 2026. “Tivemos reuniões com o Ministério de Minas e Energia sobre esse assunto e na visão deles isso é desafiador, mas estamos dispostos a ajudar o ministério a dar esse passo importante e tomar essa decisão política sem receio”, explicou.

“Hoje a gente vê uma evolução do mercado, lá em 2018 a energia solar ainda não era vista no mercado livre de energia. E hoje a gente vê um cenário já muito diferente”, disse o executivo. Sauaia ainda relembrou que no ano passado a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou que o Brasil foi o 4º maior mercado do mundo de energia solar fotovoltaica, com 12 GW de potencia adicionada no ano, atrás apenas de China, Estados Unidos e Alemanha.

Sauaia também revelou que o sistema de armazenamento de energia elétrica vai se tornar um diferencial de competitividade estratégico para os geradores, inclusive no ambiente livre. “Além disso, será uma oportunidade de uso desses ativos para fazer entre outras coisas como trading de energia. Então pode ser uma opção interessante para o ano que vem”, ressaltou.

Sauaia também citou que projetos de hidrogênio verde aparecem como um novo vetor de demanda e, segundo ele, essa demanda vai estar fundamentalmente no mercado livre de energia e ela representa uma grande oportunidade também para o desenvolvimento de novas usinas solares para suprir esses clientes com o grande volume e necessidade de energia elétrica

Já o CEO da PV Operation, Siqueira Neto, acredita numa evolução natural regulatória do setor. “A questão de passar para o ambiente livre, com novas possibilidades é muito animadora. Nas economias mais avançadas foi assim e naturalmente vai acontecer aqui no Brasil”, disse.