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A Empresa de Pesquisa Energética divulgou nota técnica com um roadmap sobre resiliência do setor elétrico em resposta às mudanças climáticas. O documento foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica do tema, com a finalidade de compreender melhor as relações entre a mudança do clima e o setor, para que sejam trabalhadas iniciativas de resposta e adaptação a eventos extremos.

A NT é um dos resultados da ação CP17 do Plano de Recuperação dos Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas (PRR), cujas diretrizes foram estabelecidas no Art. 30 da Lei nº 14.182 (lei de privatização da Eletrobras). A ação de curto prazo teve sua primeira etapa finalizada em dezembro do ano passado, e a conclusão está prevista para junho de 2025.

O trabalho é uma sistematização de levantamentos e estudos de oito instituições internacionais e nove nacionais sobre resiliência climática, bases de dados e plataformas com informações sobre clima e o sistema elétrico brasileiro.

A compilação da EPE mostra que as mudanças climáticas vão afetar principalmente fontes de geração renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e bioenergia, que são diretamente dependentes das condições do clima. A constatação serve de alerta para o Brasil, que em 2022 tinha cerca de 47% da matriz energética a partir fontes renováveis. No caso da matriz elétrica, aproximadamente 92% da oferta de energia ao Sistema Interligado naquele ano veio das chamadas fontes limpas.

Os impactos das mudanças climáticas variam de acordo com a região do país. A distribuição do parque gerador também não é uniforme, e a interligação possibilita a compensação natural dos efeitos dos impactos climáticos, proporcionando ao sistema elétrico uma capacidade intrínseca de adaptação.

Um exemplo  disso é a diversidade da matriz elétrica, que permite a complementariedade natural da oferta de energia, em razão da sazonalidade que faz com que eólicas ou térmicas a biomassa gerem mais nos meses do ano em que as vazões das hidrelétricas são mais baixas.

Há ainda um gerenciamento do despacho de energia centralizado e um sistema de transmissão robusto e ramificado que permite o escoamento de grandes blocos de energia com confiabilidade para os centros de carga; além de reserva de geração que pode ser acionada para garantir a oferta de energia em casos extremos.

Os potenciais impactos das mudanças climáticas para o sistema elétrico incluem problemas na oferta de recursos de geração em consequência de variações nos volumes de chuva e vazão, radiação solar e ventos. Elas também podem afetar a eficiência de equipamentos de geração e transmissão; levar a uma maior demanda de eletricidade devido ao aumento das temperaturas e ampliar riscos às infraestruturas, em consequência dos eventos climáticos.

Nas próximas etapas do estudo, a EPE pretende aprofundar a avaliação sobre temas específicos e definir estratégias para fortalecer a resiliência do sistema elétrico, a partir de diferentes cenários climáticos, além de indicar possíveis aprimoramentos em estudos, metodologias e ferramentas do planejamento energético.