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A Petrobras espera abrir em mais alguns meses alguns dos projetos que estão em análise para serem adquiridos pela empresa no processo de investimentos em ativos voltados à transição energética. A companhia afirma que as análises estão evoluindo bem e que há uma seleção já feita entre os 76 GW em capacidade instalada que foram ofertados à empresa por bancos e investidores no ano passado.

De acordo com Sérgio Caetano Leite, diretor executivo Financeiro e Relacionamento com Investidores, a empresa já realizou uma primeira seleção de ativos sendo que estes estão sob acordos de confidencialidade. “A maioria deles está sob sigilo e nos próximos meses esperamos começar a dar mais luz a esses projetos”, comentou o executivo em teleconferência com analistas e investidores nesta terça-feira, 14 de maio.

Maurício Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, responsável pela equipe que analisa os ativos comentou que teve que montar a equipe e a governança na diretoria criada nessa administração. E que a escolha por projetos será feita de acordo com a exigência que uma empresa como a Petrobras exige com parceiros de confiança e com expertise nas áreas que estão à frente nas análises que são a eólica onshore e a solar”.

Ele explicou que a opção por essas duas fontes, inicialmente falando, dá-se pelo fato que são as fontes mais maduras. E a opção pelas parceiras decorre do fato deste ser um mundo novo para a petroleira e que por essa razão a meta é a de entrar com parceiras que já sejam consolidadas nesse segmento.

“Nessa área de eólica onshore e solar queremos parcerias porque consideramos que é uma área em que não temos tradição, então para começar fazer que seja com parceiras para compartilhar riscos e capex. Assim que tivermos mais experiência, então aí avançaremos nas análises”, comentou o executivo durante a teleconferência. Tolmasquim lembrou que há outras possibilidades no futuro, mas que as tecnologias ainda não são consideradas maduras como o hidrogênio e a eólica offshore.

Tolmasquim afirmou que entre os ativos que estão no radar da empresa figuram usinas em operação, outras em desenvolvimento, bem como greenfield. “Quando vier essa será a carteira de ativos”, definiu ele lembrando que não é só de geração de energia elétrica que a diretoria dele está envolvida. Faz parte das análises os biocombustíveis, CCUS e as duas outras tecnologias já citadas.

O diretor ressaltou ainda que, apesar desses projetos apresentados somarem 76 GW em capacidade instalada, a meta quinquenal da Petrobras é instalar 5 GW em potência instalada, o que dá a ideia da necessidade de análise e classificação de projetos, que serão viabilizados pela companhia que devem ser feitos com empresas de grande porte assim como é a petroleira por conta de compliance e de segurança corporativa.