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Lançada como braço da Eneva para a comercialização varejista, a Voltta, start up inicialmente dedicada a serviços de eletromobilidade, chega ao mercado de olho no cliente que está apto a migrar para o ambiente de contratação livre. A meta da Voltta no médio prazo é chegar em 2030 com 5.000 clientes e com um volume comercializado de 1.7 GW med no varejo.

De acordo com Marcelo Lopes, diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, o direcionamento é considerado como um movimento natural de evolução, após a consolidação junto aos grandes clientes. Segundo ele, a maneira mais adequada para executar esse movimento em direção ao varejo era ao invés de criar um departamento interno, buscar um parceiro que já reunisse os atributos para atuar no varejo.

No caso, a tecnologia falou mais alto e a Voltta já era uma start up que fazia parte do ecossistema da Eneva. “Quando você olha o que precisa para poder prosperar dentro desse mercado de varejo a primeira coisa que você precisa é tecnologia”, explica.

Maurício Sant’Anna, CEO da Voltta, salienta que a plataforma já estava sendo preparada para atuar na comercialização de energia, mas como um marketplace e não como comercializadora. “O que fizemos foi acelerar essa plataforma para que ela pudesse se adequar a esse mundo novo de varejo”, observa.

Para Santana, a tecnologia será um fator de decisão na abertura, por trazer capilaridade e informação para o novo consumidor. Já para Marcelo Lopes, ainda não é possível saber qual será a influência do componente tecnológico na comercialização, mas reconhece que ele será fundamental ao lado do insumo competitivo. “Sem supply competitivo e tecnologia não vai”, aponta.

O foco do braço varejista da Eneva é quem ainda vai migrar para o ambiente de contratação livre. Foi feito um mapeamento de segmentos e regiões mais interessantes e a partir daí, foi desenhada uma proposta de valor que fizesse sentido para cada um dos grupos. “Buscamos conjugar o máximo de produtos que podemos oferecer de forma conjunta”, avisa.

Mesmo com o direcionamento para a comercialização, os planos da Voltta na área da eletromobilidade continuam. Santana frisa que a mobilidade elétrica é uma grande impulsionadora de venda de energia e acaba funcionando como diferencial. A migração leva a um preço mais atrativo, além de ter a certificação que os veículos rodam com energia limpa. “Temos alguns clientes de mobilidade que acabaram migrando para o mercado livre por terem adquirido carros elétricos”, relata.