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O Grupo Ambiensys, um hub de soluções ambientais, e a Hoffstetter Gastechnik, empresa Suíça, firmaram uma parceria para desenvolver uma tecnologia capaz de reduzir a emissão de gases poluentes em operações de aterros sanitários de médio e pequeno porte, por meio da desgaseificação em plantas modulares em contêiner, um sistema de tanques de armazenamento.
Por serem plantas compactas, a tecnologia é capaz de atender o mercado de aterros sanitários de pequeno e médio porte, que hoje é pouco atendido, além de gerar 95% de eficiência na produção do biogás e produzir milhões de kWh por ano. “Isso ajuda na descarbonização do país pelo foco do bom gerenciamento de resíduos, pois a tecnologia capta o gás e o transforma em energia”, aponta Lucca Barros, gerente de Novos Negócios do Grupo Ambiensys.
Plantas modulares para captação de biogás
Segundo Barros, o valor de investimento para cada planta desenvolvida depende de um estudo de viabilidade para cada cliente. Caso seja evidenciado a não viabilidade, pela vazão ou características do biogás, a empresa mesmo assim oferece a solução de captação e queima em flare livre. Ainda de acordo com Barros, a simples queima do gás metano proveniente de aterros sanitários já pode ser computada em créditos de carbono, uma vez que a queima converte o gás metano em dióxido de carbono. Ele conta que o metano, principal composto do gás de aterro, causa de 21 a 27 vezes mais aquecimento global do que o dióxido de carbono (CO2).
“O biogás vai transformar o gás em biometano. Então, o biometano nada mais é que o biogás purificado, e aí, com esse gás purificado, existem diversas formas de utilização, como por exemplo colocar em caminhões movidos a gás”, destaca Barros.
O gerente de negócios aponta que o diferencial nessa tecnologia é a flexibilidade que a empresa está trazendo para o mercado brasileiro, em conseguir aplicar os projetos em pequenos e médios aterros. No entanto, é preciso produzir para conseguir justificar um investimento que não costuma ser barato e esse retorno financeiro pode variar de aterro para aterro.
Plantas modulares para captação de biogás
“São diversas variáveis, não é somente o volume de resíduo, não é somente a quantidade de gás que o aterro produz, mas também onde ele está localizado, qual o custo que ele recebe, o tipo de resíduo. Enfim, tem diversas variáveis que compõem a viabilidade financeira e técnica do projeto”, encerra Barros.