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Após concluir o núcleo do Rio de Janeiro, o Programa de Aceleração de Empreendedorismo MIT Reap (Regional Entrepreneurship Acceleration Program) agora quer partir para outras unidades da federação. A motivação veio da qualidade das entregas do núcleo carioca, que decidiu expandir o conhecimento adquirido em nível nacional. Com isso, veio o MIT Reap Focus, que é direcionado para o país, adaptando à cultura da localidade.

Na última semana houve um primeiro workshop com a presença de seis estados interessados em executar o mesmo programa de desenvolvimento. Estiveram presentes delegações do Espírito Santo, Lavras (MG), Viçosa (MG), Mato Grosso, Belém (PA), São Paulo e Ceará. Lilian Matt, co-champion do Programa MIT REAP Rio de Janeiro, conta que durante a execução do programa, havia uma grande aceitação do programa, com muitas regiões querendo participar e contribuir. Ao mostrar o Focus, muitas portas se abriram em vários lugares, mostrando a relevância da proposta. “Quanto tempo levaria mais para essas regiões entrarem de maneira individual?”, questiona.

O MIT Reap se destina a acelerar regiões a partir de um ecossistema de empreendedorismo voltado para a inovação. Na área de energia, o segmento de energia renováveis e combustíveis verdes aparecem como nicho de oportunidades, em especial na região Norte do Brasil. O hidrogênio verde também é uma outra vertente com boas perspectivas.

MIT Reap quer transformar Rio em Vale do Silício para energia e sustentabilidade

Lilian Matt, do MIT Reap: conhecimento adquirido despertou vontade de compartilhar experiência com o resto do país 

O programa Focus tem três fases. A primeira é a de diagnóstico da região, em que os indicadores relacionados são levantados. A segunda é de estratégia para o ecossistema e a terceira, de implementação das ações priorizadas para o ecossistema.

Em maio, acontece a primeira reunião dos grandes líderes das regiões com a direção do MIT Reap. Serão seis meses para apresentar o projeto pronto para o MIT, de modo que o programa comece entre o primeiro e o segundo semestre do ano que vem. “Precisamos identificar todas as pontas de todas as regiões e montar a estrutura de custeio do programa”, explica.

MIT Reap in Rio apresenta finalistas do programa de aceleração

A metodologia do programa envolve o engajamento de cinco tipos de atores. Universidades, governo, investidores de risco, empreendedores e grandes corporações. Os parques tecnológicos estaduais, como o do Pecém, tem sido aliados das iniciativas regionais. Cada região deverá trabalhar as suas ‘cinco pontas’ dentro das suas características, uma vez que o Brasil tem uma grande variedade de setores. “Essa é a beleza do programa, não precisa mais dos founders apenas que rodaram o programa do Rio. Isso agora rompeu fronteiras, cresceu, tomou âmbito nacional”, aponta.

Ela recorda que um dos destaque positivos executados pelo time do Rio foi um programa de formação de empreendedores para desenvolver start ups para a área de energia e sustentabilidade, que capacitou cerca de 900 empreendedores. Segundo ela, no mundo, o setor é considerado de baixa densidade, o que comprova o êxito do projeto. “Temos estimativa de entregar 25 novas start ups. Esse conhecimento que a gente alcançou fez crescer a intenção de projetar isso nacionalmente”, frisa.