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A Equatorial Energia encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 579 milhões, crescendo 101,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo as demonstrações, o resultado líquido ajustado ficou em R$ 384 milhões, subindo 40,9%, enquanto o Ebitda atingiu R$ 2,6 bilhões, registrando alta de 7,3%. A receita operacional líquida soma R$ 10,1 bilhões, valor 2,7% menor.
A dívida bruta consolidada, considerando empréstimos e financiamentos, credores financeiros da recuperação judicial e debêntures, chegou a R$ 44,5 bilhões. Já a apurada para fins de covenants atingiu R$ 36,6 bilhões, implicando numa relação dívida líquida/Ebitda de 3,3x, com a manutenção do nível registrado no trimestre anterior. Já a redução da dívida bruta se deve pelo pré-pagamento de aproximadamente R$ 2 bilhões pela holding. A cobertura de caixa com relação as obrigações de curto prazo fecharam o período em 1,7x.
O segmento de distribuição encerrou o trimestre com um resultado financeiro líquido em R$ 916 milhões negativos. O desempenho ajustado atingiu um saldo negativo de R$ 979 milhões, aumentando 11% na relação anual. O incremento se deve principalmente à redução das receitas financeiras das distribuidoras, decorrente da queda do CDI. Enquanto isso, os investimentos no segmento totalizaram mais de R$ 1,5 bilhão, volume 35,1% inferior ao executado no mesmo período de 2023.
DEC e FEC
Quanto aos indicadores de qualidade da energia, destaque para reduções de 10,5h e 6,6h da CEA e da Equatorial Maranhão quando comparadas com o mesmo período do ano anterior. No comparativo entre anos o DEC teve recuos em quatro das sete distribuidoras. Em contrapartida, Piauí e Goiás registraram leve aumento de 0,1h entre os períodos.
Em relação ao trimestre anterior, houve uma melhora no DEC em GO, CEA, PI e MA e piora no Pará (0,2h), Alagoas (1h) e na CEEE-D (1,2h). Tanto no PA, como em AL, os aumentos são reflexo da maior incidência de chuvas nos estados. O Pará contou também com ocorrências em pontos de alta tensão, enquanto Alagoas teve fortes chuvas, ventos e raios, principalmente no mês de fevereiro.
Na concessão gaúcha, o aumento do DEC deve-se aos seguidos eventos climáticos extremos que tem afetado o Rio Grande do Sul e dificultam a manutenção de rede pela grande mobilização de equipes voltadas para atendimento emergencial. Apesar das mecânicas de expurgos do indicador, parte do impacto causado na rede não pode ser expurgado, aumentando o indicador. Atualmente, três das sete concessões da Equatorial estão dentro do limite regulatório.
Recompra de ações
O Conselho de Administração aprovou na última quarta-feira (15), a criação de um novo programa de recompra de ações ordinárias para a manutenção em tesouraria, cancelamento ou alienação das ações no mercado ou sua destinação a participantes no âmbito de planos de incentivo de longo prazo (Plano de Matching Shares).
A companhia poderá adquirir até 50% do total de Ações em Circulação. Para referência, atualmente esse número corresponde a 57.021.094 ações ordinárias de emissão da companhia. As aquisições de ações no âmbito do programa poderão ser realizadas durante o período de 18 meses, iniciando em 15 de maio de 2024 e encerrando-se em 14 de novembro de 2025.
O programa tem como objetivo prioritário atender ao Plano de Incentivo de Longo Prazo (“Plano de Matching Shares”), mas por ocasião da aprovação, decidiu-se preservar a opcionalidade de manter o Programa de Recompra 2024 aberto com o percentual máximo de alçada do Conselho de Administração.