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A agência de classificação de risco, Fitch Ratings, colocou os ratings de inadimplência (IDRs) de emissor de moeda local da Auren Energia em negativo. Os ratings nacionais de longo prazo da Auren e CESP, bem como suas emissões de debêntures, também ficaram em negativo.

De acordo com a Fitch, o rating negativo reflete a deterioração esperada do perfil financeiro consolidado da Auren, potencialmente levando a um rebaixamento do IDR em moeda local, dependendo da estrutura final de capital e da tendência de desalavancagem após a conclusão da anunciada aquisição da AES Brasil. O perfil de negócios da Auren se beneficia das potenciais sinergias operacionais da aquisição, ganhos relevantes de escala e maior diversificação de seu portfólio de ativos. A agência afirmou em seu comunicado que o rating será resolvido após a conclusão da transação, que pode levar mais de seis meses.

Segundo a agência de risco, a aquisição melhoraria a escala de negócios e a diversificação de ativos da Auren, com a energia garantida aumentando e o portfólio permanecendo altamente contratado. A contribuição dos ativos eólicos cresceria para 35% em 2024, de uma estimativa de 29% sem a aquisição. O comunicado mostra que o novo mix favoreceria a expansão para a energia solar, que oferece maiores perspectivas de crescimento, mas preços mais baixos. A Fitch afirmou que se a Auren adquirir com sucesso a AES Brasil, enfrentará desafios para recontratar quase um terço de seu portfólio até 2032. Isso porque as concessões hidrelétricas da AES Brasil, que representam 1,2 GW, devem expirar até lá.

AES Brasil

A Fitch Ratings também colocou, hoje, em observação positiva os ratings nacionais de longo prazo AA-(bra) das empresas Potengi Holdings, Veleiros Holdings, AES Cajuína, AES Tucano II e da Ventos de Santa Tereza. A agência também colocou em observação positiva o rating AA(bra) das debêntures da Potengi Holdings e AA-(bra) das emissões de debêntures das demais empresas.

Segundo a agência, a observação positiva segue o anúncio da Auren Energia de aquisição da totalidade das ações ordinárias da emissão da AES Brasil Energia, com expectativa de que, caso a transação seja concluída, a Auren terá fortes incentivos estratégicos e operacionais para suportar os ativos adquiridos, se necessário, o que justificaria a equalização entre os ratings da Auren e das subsidiárias da AES Brasil.

A aquisição da AES Brasil, ao preço de R$ 7 bilhões, poderá ser liquidada com a combinação de ações e caixa da Auren. A Auren possui R$ 4,3 bilhões em caixa, além de um financiamento aprovado de quatro anos, no montante de R$ 5,4 bilhões, para fazer frente a esta necessidade. A conclusão da transação está prevista para ocorrer até outubro de 2024, sujeita a aprovações legais e regulatórias, incluindo o consentimento de credores do grupo AES Brasil.