fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A Thymos Energia estima que os reservatórios hidrelétricos do Brasil vão chegar ao final de junho – quando termina o outono – com 78% de armazenamento. A projeção aponta redução de 8,8% do índice verificado no mesmo período do ano passado, quando o nível atingiu 86,8%. O quadro não deve interferir nas bandeiras tarifárias e nos preços de curto prazo, que devem permanecer estáveis durante todo o ano de 2024.
De acordo com Mayra Guimarães, head de Preços e Estudos de Mercado da Thymos Energia, os níveis médios são razoáveis para enfrentar o período seco e é um ponto que merece atenção, mas sem preocupação imediata. Segundo ela, o Sistema Interligado Nacional contará com o suporte de fontes renováveis, principalmente solar e a eólica, que terá seu pico produtivo entre maio e setembro, complementando a oferta de energia.
Segundo a especialista, essa combinação de fatores não indica escassez de energia e a tendência é de estabilidade do preço do insumo no curto prazo pelo menos até novembro deste ano. As projeções apontam para um leve aumento nos valores do Preço de Liquidação das Diferenças apenas em dezembro. Ela conta que o índice de armazenamento dos reservatórios até o final deste outono previsto pela Thymos é inferior ao do ano passado por causa das chuvas do último verão, que ficaram abaixo do previsto.
As precipitações no país – embora intensas nos últimos dias no Rio Grande do Sul – também devem ficar abaixo da média nos próximos meses, segundo projeção da Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios da Thymos. Para Desirée Brandt, meteorologista e sócia-executiva da Nottus, embora o El Niño esteja perdendo sua força, seus reflexos ainda são perceptíveis no padrão de chuva ao longo do outono. Segundo ela, um novo La Niña está previsto para se formar ao longo do segundo semestre de 2024.
A meteorologista explica que esse conjunto de fatores pode prolongar o período considerado seco. Ela conclui lembrando que historicamente, o fenômeno La Niña costuma atrasar o início do período úmido, o que pode prolongar o período seco no Brasil, embora os modelos de previsão ainda não estejam apontando para este atraso.