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Em sua primeira aparição após tomar posse, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, prometeu agilidade e tempestividade na sua gestão e sinalizou que o interesse da estatal em investir em renováveis está mantido. Em coletiva de imprensa realizada na noite da última segunda-feira, 27 de maio, ela rejeitou a ideia de que as renováveis dessem prejuízo, mas que a lógica empresarial será mantida. “As renováveis estão chegando e o mundo está indo para o Net Zero, é um compromisso da Petrobras e não vamos mudar”, explica.

O Plano Estratégico da estatal apresentado no fim do ano passado promete investimentos de US$ 5,2 bilhões, cerca de R$ 25 bilhões até 2028 em energias de baixo carbono, como usinas eólicas e solares e Hidrogênio e ainda gastar também até 2028 US$ 3,9 bilhões na descarbonização das operações, envolvendo US$ 2,9 bilhões na mitigação de emissões e mais US$ 1 bilhão em um fundo para esse tema.

Veja a declaração sobre as energias renováveis:

A executiva também mostrou interesse no mercado de fertilizantes para desenvolver o mercado de gás. Segundo ela, o Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que usa e uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. O objetivo é ter um mercado estruturado para desenvolver o produto, desde que seja negocialmente vantajoso para a empresa. “Queremos desenvolver mercado e colocar o nosso produto, se vendesse cerveja faria mesma coisa”, explica.

A executiva, que já foi diretora geral da ANP, disse ainda que a exploração de petróleo na margem equatorial será necessária para garantir a segurança energética do Brasil. Ainda sobre a margem equatorial, localizada no Norte do país, região ambientalmente sensível – ela gostaria que houvesse uma discussão no Conselho Nacional de Política Energética, que tem se reunido pouco. Segundo ela, o tema envolve vários ministros e segmentos da sociedade, o que motiva a arbitragem do CNPE.