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O fenômeno climático La Niña deverá ser de fraco a moderado. Essa é a previsão que o Operador Nacional do Setor Elétrico apresentou no primeiro dia da reunião do Programa Mensal de Operação de junho. Essa afirmação vem da análise de diversos modelos meteorológicos que são analisados, entre eles o norte-americano da NOAAA e o australiano. O momento é de neutralidade, mas os efeitos deverão ser sentidos mais no segundo semestre, a partir do final de julho a início de agosto.

No Brasil, a estimativa é de que o trimestre de junho e agosto deverá apresentar temperatura na média e acima da média na maior parte do país, principalmente a partir do norte do Paraná para o Sudeste e o Centro-Oeste. A previsão é de que as massas de ar frio não avancem pelo Brasil, ficando mais restritas à Argentina e Uruguai. No máximo, diz o ONS, devem alcançar mais o sul do Rio Grande do Sul.

Não são verificadas previsão de anomalias de chuvas. No Norte e no Nordeste, a precisão é de precipitação abaixo da média. No Sul, a estimativa é de que o trimestre apresente precipitações entre normal e abaixo da média para a região devido ao cenário de neutralidade e a menor previsibilidade neste período do ano. Como é normal em épocas de La Niña, cuja probabilidade de formação é de 70%, no norte do Norte e do Nordeste deve-se ter o aumento das precipitações.

A previsão é de que em agosto o Operador comece a usar os volumes de armazenamento de água acumulada nas cabeceiras de bacias para atendimento a ponta. Esse uso pode até mesmo ser antecipado para julho, mas isso depende muito da situação de carga e de demanda, bem como a disponibilidade de recursos de outras fontes. Mas a meta do ONS é a de preservar os armazenamentos o máximo que conseguir.

De acordo com os dados de maio registrados até o dia 26 de maio, a Energia Natural Afluente alcançou 90% da MLT, a 32ª menor no histórico de 93 anos. Apesar disso, a Energia Armazenada é de 75% a 10ª maior desse período. O atendimento à carga foi feito na sua maior parte, com 90% por renováveis, sendo 66% pela fonte hídrica, 14% por eólicas e 9% pela solar.

Em maio, o submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentou afluências muito ruins, até o dia 26 de maio, era a 2ª menor do histórico com 60% da MLT. No Nordeste ficou em 45% da média a 6ª menor, enquanto no Norte os 75% representam a 14ª menor. No Sul, a situação é inversa com a 3ª maior dos 93 anos e 298% da média de longo termo.