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Uma das ações criadas pela UHE Itaipu para buscar mitigar os efeitos ambientais sobre a área de seu reservatório e os rios que chegam ao lago da usina tem dado resultado. A central de geração distribuída a partir de MMGD a biogás está em operação e deverá alçar novos planos em breve.

A central está localizada na cidade de Toledo (PR), que é o município brasileiro com a maior população de suínos. São cerca de 1,3 milhão de indivíduos nessa região, que é uma grande produtora de proteína animal e, consequentemente, possui um passivo ambiental importante por conta dos dejetos.

A central trabalha com uma parcela dos produtores, são 14 na região, que fornecem o material diariamente para a usina, que possui dois grupos geradores e 500 kW de potência instalada ao total. Os créditos geradores são compensados com famílias cooperadas.

Rafael Gonzales, presidente do CI Biogás, explicou que ali os dejetos geram um gás com 60% de metano e outros 40% de CO2 que ainda não têm aplicação comercial. Eles pegam o metano fazem a filtragem e elevam o metano a 65% para a injeção nos motores e inserção da energia na rede de distribuição da Copel.

“Aqui conseguimos gerar 24 horas por dia, pois conseguimos armazenar o biogás em nossas instalações”, comentou ele. “Temos ainda 150 kWp de solar para o consumo interno da unidade”, apontou.

Ele lembrou que o CI Biogás é uma entidade sem fins lucrativos e que todo o valor gerado na central é reinvestido. E as fontes de receita são obtidas pela injeção da energia na rede que retorna como créditos para os cooperados, que, além disso, mitiga os efeitos aos produtores rurais que precisariam tratar da questão ambiental em suas propriedades. Consequentemente a entidade pode negociar até mesmo certificados de carbono.

“São duas formas de descarbonização, produzimos o biogás e tiramos o metano da atmosfera. As duas formas geram outro ativo econômico que é o credito de carbono. Não temos ambiente regulado no país, portanto ainda não tem os valores que desejamos, mas ao ponto que avançar o resultado será melhor. Espera-se que resultem entre 15% a 18% do faturamento da unidade, mas hoje obtemos os recursos exclusivamente da energia elétrica”, apontou.

O investimento da Itaipu na planta foi de R$ 12,5 milhões. Ele não diz o valor de receita, afirma que o interesse é ambiental. Pois o valor é reinvestido na manutenção da planta ou em novos projetos.

O próximo passo deverá ser o de produzir biometano para o uso em veículos pesados e reduzir o uso de diesel nos caminhões que circulam na região. Esse passo deverá ser dado em 2025. Ao refinar o biogás chega ao biometano que é compatível com o gás natural.  A unidade de Toledo possui 3 biodigestores e capacidade de processar 6 mil metros cúbicos de biogás por dia.

*O repórter viajou a convite da Itaipu Binacional