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A Aliança pela Mobilidade Sustentável comemorou seu segundo ano de atividade e aproveitou a oportunidade para revisar as metas do alcance de sua atividade. Após 24 meses, a parceria entre diversas empresas, liderada pela 99 passou a mirar um volume de 10 mil carros integrados à plataforma de transporte de passageiros em São Paulo. E mais, alcançar 10% das vendas de veículos no país na modalidade que usa eletrificação, seja ele híbrido ou puramente elétrico e finalizar o ano que vem com 10 mil pontos de recarga.

De acordo com Thiago Hipolito, diretor sênior de inovação na 99, essa elevação das metas foi possível pelo avanço que o segmento vem passando. Ele diz que o objetivo da 99 era o de ter ao final de 2024 3,5 mil veículos. Esse número, contou, está em 4,1 mil unidades que rodam pela cidade. Em termos de participação das vendas totais de veículos, o market share dessa modalidade está em 7,5% ante uma meta que era de 2%.

“Com esses números que apresentaram crescimento muito mais rápido que esperávamos vamos revisar a meta de três anos também de 10 mil para 20 mil veículos conectados à plataforma e as vendas no Brasil para 15% do total”, revelou ele no evento realizado na última quarta-feira, 29 de maio. “O número de pontos de carga ainda precisaremos rever a metodologia, então nesse número não mexemos”, acrescentou o executivo.

Segundo a gerente de Mobilidade Elétrica da Raízen Power, Ana Kira, a questão dos preços ainda é importante. Mas um veículo na faixa de R$ 150 mil a R$ 200 mil que rode 150 quilômetros por dia já é viável do ponto de vista econômico. Além disso a infraestrutura no país mostra que a preocupação começa a ficar mais latente quanto à qualidade ao invés da quantidade de pontos de recarga públicos.

A Raízen Power avalia a questão da infraestrutura com base na experiência que tem internacionalmente. A rede Shell Recharge possui 80 mil pontos para entender o que deu certo e também errado, para evitar que se repita por aqui. “No mercado brasileiro ainda precisamos entender o comportamento dos consumidores que possuem veículo elétrico, faz parte do desenvolvimento do mercado”, disse a executiva.

Dados apresentados pela entidade apontam que os aportes das empresas participantes somaram R$ 245 milhões na iniciativa. A ideia da Aliança, que conta com empresas como a BYD, Santander, Raízen Power, Enel, entre outras e que atuam no desenvolvimento da cadeia de transporte por meio de veículos Elétricos é de avançar para outras cidades além de São Paulo. Nesse quesito outro anúncio feito é a ampliação do escopo das atividades para o mercado de motos elétricas.

Outra ação prevista é a ampliação de parcerias na Aliança onde há a possibilidade de venda direta de automóveis aos motoristas parceiros junto à BYD onde a 99 usa a base de motoristas para a comunicação sobre essa possibilidade.

Para isso, fechou uma parceira com a IFood em São Paulo para a entrega de encomendas. Até porque na capital paulista não é permitido o transporte de passageiros por esta modalidade de veículo. Além disso, há a questão de disponibilidade de motos elétricas, que são importadas e não há grandes fabricantes. Essas motocicletas precisariam passar por uma ‘tropicalização’ para se adaptarem ao país, pois vindas da China o mercado de lá é bastante diferente do brasileiro.

Apesar disso, Hipolito classifica esse mercado como de grande potencial. A empresa fez o chamado road test em São Bernardo do Campo com transporte de passageiros. Foram 10 motociclistas envolvidos com resultados que ele classificou como promissores. Entre as questões, economia de mais de R$ 1,4 mil com combustível por mês e custo de manutenção 30% menor.

“A meta é a de ter 2 mil motos elétricas esse ano rodando no país pensando nessa parceria com o Ifood. No ano que vem, a meta é ambiciosa, serão cinco vezes mais, com 10 mil unidades. No Brasil, a ideia é a de chegar em cinco cidades, queremos levar essa eletrificação a cidades no litoral do Nordeste que já possuem essa cultura das duas rodas”, apontou.