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Objeto de análise do Energy Report de maio, o sistema hidrelétrico brasileiro pode contribuir de maneira significativa com os desafios trazidos pelas mudanças climáticas. O relatório produzido pela PSR mostra ainda que as UHEs também são capazes de criar chances de uma inserção econômica e confiável dos recursos de geração, com benefícios para os consumidores e à economia.

O relatório aborda as UHEs reversíveis, a geração solar flutuante em reservatórios, repotenciações e ampliações como novos nichos e soluções para aumentar a eficiência e a produção de energia, aproveitando infraestruturas já existentes. Mas a ausência de regulações para esses temas acaba sendo um impeditivo para que investimento em prol dessas tecnologias sejam feitos. Derrubar esse entrave pede esforço conjunto e visão integrada de longo prazo, considerando benefícios econômicos imediatos e impactos sociais e ambientais.

“A adoção de novos mecanismos de mercado que valorizem adequadamente os serviços ancilares prestados pelas hidrelétricas também é crucial para viabilizar os investimentos necessários à modernização do parque gerador”, diz o Energy Report. A participação dos agentes de governo e privados é considerada fundamental no relatório para que essas novas potencialidades das UHEs sejam viabilizadas.

A PSR considera como ‘Hidrelétricas 3.0’ essa fase de novas oportunidades para investidores e benefícios para a economia e os consumidores. As mudanças climáticas; os usos múltiplos dos reservatórios; a necessidade de flexibilidade e armazenamento no sistema e a redução significativa dos custos das placas solares são alguns dos motivadores dessa etapa. A fase ‘Hidrelétrica 1.0’ se caracterizou na década de 1960, permitindo suprimento confiável e a diversificação de bacias; integração espacial das bacias através da transmissão e a integração temporal, com reservatórios transferindo água dos períodos úmidos para os períodos secos.

Já a fase 2.0 vem a partir dos anos 2000, com a entrada de fontes renováveis, como o bagaço da cana, a eólica e solar. A infraestrutura de armazenamento e de transmissão permitiu a inserção destas fontes, alavancada pela complementariedade sazonal entre UHEs e biomassa no Sudeste e entre UHEs e EOLs na região Nordeste, e pela complementariedade diária entre as produções eólica e solar também no Nordeste. Os reservatórios das UHEs atuavam como “armazéns energéticos”, onde a coordenação operativa equivalia a armazenar água, vento e sol.

Cheias – O Energy Report aborda ainda as soluções de adaptação que estão sendo apresentadas para conter eventos de cheia extrema, como os que assolaram o Rio Grande do Sul. Em alta nos noticiários, soluções como Reflorestamento, Cidades-esponja, Reservatórios urbanos, Diques e sistemas de bombeamento e Barragens para controle de cheias entraram em pauta e foram analisados no relatório. Segundo a PSR, não há solução única e a aplicabilidade deve ser observada caso a caso.