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A possibilidade de o Paraguai vender sua parcela de energia excedente de Itaipu no mercado livre brasileiro, previsto no futuro acordo entre Brasil e Paraguai sobre a revisão do Anexo C é bem vista pela EDP. O CEO da empresa no Brasil, João Marques da Cruz, acredita que essa medida reduzirá a sobrecontratação das distribuidoras nos submercados Sul e Sudeste, bem como ajudará a viabilizar novos leilões de fontes renováveis no futuro.

O executivo disse que esse acordo, anunciado há três semanas, mas que ainda precisa passar pelo crivo dos congressos dos dois países é importante para as concessionárias que apresentam elevado nível de sobras.

“Esse é um fator que ajuda a mitigar a sobrecontratação que é sistêmica para as distribuidoras, não é o único, tem a solar GD também, e outras. Por isso, medidas que mitiguem esse efeito são importantes, essa é uma situação que tem ônus econômico e tem efeito negativo nos leilões de energia renovável. Se não tivéssemos essa sobrecontratação veríamos mais demanda e consequentemente leilões de energia renovável”, comentou ele após sua participação na 1ª Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis (Citer) que é realizada na capital do Piauí, Teresina.

A EDP é umas das organizações que veria seu nível de contratos ser reduzido porque possui todas as suas concessões dentro dos dois submercados que hoje fazem a aquisição compulsória da energia da UHE no rio Paraná na forma de cotas. O executivo não apontou o volume que a energia de Itaipu representa dentro do mix de contratos nas concessionárias que atendem do Espírito Santo, parte do estado de São Paulo e até mesmo Santa Catarina, por ter uma importante parcela do capital da Celesc.

Outro assunto que interessa diretamente a companhia é o processo de renovação das concessões de distribuição. A distribuidora capixaba é a primeira da fila. Cruz disse que está confiante com o andamento do processo, entende que dentro das regras divulgadas até o momento considera um conjunto que merece melhoramentos em uma análise mais global sobre os termos. Sobre as especificidades como a limitação de pagamento de dividendos, expurgos para a questão de qualidade da energia e os postes, ele diz que são aspectos que ainda carecem de avaliação da agência reguladora.

“Estamos mantendo os compromissos de investimentos e é essencial que a Portaria seja assinada, mas estamos otimistas as últimas semanas foram positivas para o processo de renovação das concessões”, avaliou. “No global são boas as regras, os pormenores devem ser tratados com o regulador. Por isso, apoiamos na integralidade os termos do decreto e que estão públicos até este momento”,  ressaltou.

* O repórter viajou à Teresina a convite da organização do evento