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O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), defende que o PL do hidrogênio verde precisa ser aprovado no Congresso Nacional para que o Brasil possa aproveitar a janela de oportunidade que está aberta no momento. Ele avalia que o relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA) está consensuado e que é melhor aprovar uma legislação agora e depois fazer os aprimoramentos que se mostrarem necessários. O que não se pode é discutir temas burocráticos enquanto temos os recursos naturais enquanto os outros países com menos condições sigam à frente do Brasil.

“Há riscos legais quando não temos uma legislação pronta e com incentivos que facilitam a análise econômica financeira de projetos. Uma legislação como o marco legal facilita a tomada de decisão de vários investimentos que estão em fase de análise e de estudos”, apontou ele a jornalistas no Citer, evento realizado em Teresina (PI).

Ele lembrou que apesar dessa lacuna legal os investimentos que o estado conseguiu atrair estão acontecendo. Esses empreendimentos estão em estágio avançado. O da Solatio que prevê a produção de 3 GW de H2 verde deverá iniciar as obras em 19 de outubro. Para Fonteles, o marco proporcionará novos investimentos além desses que estão em andamento.

“O que percebemos no mundo e tivemos a oportunidade de realiza nove missões internacionais, visitar 20 paises, é que a agenda da economia verde está em primeiro lugar. Percebemos que estados e países com potencial natural muito menor que o Brasil já possuem, na parte legal, incentivos e estão mais avançados. Por isso que defendemos [a aprovação do marco] que estamos na vanguarda, temos a melhor matriz e grid integrado, mas se perdermos na legislação poderemos perder a oportunidade do H2 verde”, alertou.

Segundo o governador, a questão da infraestrutura está equacionada no Piauí com um porto já em fase de construção. A primeira fase e a ZPE estão prontas. A logística não é um problema em sua avaliação e argumenta que a construção de parques eólicos em anos passados trouxe uma malha de rodovias com porte adequado para que os projetos e as indústrias possam instarem-se no estado. Ele cita a necessidade de desenvolvimento da mão de obra especializada para atuar nesse campo. “A educação é a prioridade”, definiu ele a jornalistas.

Outra defesa é pela rota do desenvolvimento do hidrogênio verde no estado porque estudos apontaram que esse será o principal vetor da transição energética global. E mais, que o Piauí será o líder nesse mercado, uma definição que ele utilizou por diversas vezes ao longo da semana no evento que o governo estadual promoveu em parceira com diversas entidades na capital esta semana.

Essa opção pelo H2, lembrou ele, deve-se ao histórico recente do risco geopolítico em referência à guerra da Rússia e Ucrânia, que acendeu a luz amarela para os países europeus, principalmente, de que é necessária uma alternativa para o produto russo, notadamente o gás natural. Além disso, a necessidade de descarbonização foi acelerada diante dessa realidade por lá. E como por aqui a perspectiva é de que o país tenha uma molécula entre as mais baratas do mundo, é natural que o país tire proveito dessa oportunidade.

“Aqui não tínhamos um porto até pouco tempo, ele está em construção. A primeira fase entregue e está sendo pensado para estrutura de exportação não necessariamente para outro país, pode ser para outros portos na forma de combustíveis líquidos e de derivados do H2”, sugeriu.

Ainda na noite de terça-feira, 4 de junho, ele e as diversas instituições que apoiam o evento assinaram a Carta do Piauí, entre as entidades, signatárias está a ABEEólica, Investe Piauí e universidades com o intuito de apoiar o desenvolvimento das energias renováveis no estado.

*O repórter viajou a convite da organização do evento