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Presente no Brasil desse 2017, a fabricante de módulos fotovoltaicos Trina Solar quer alcançar em 2024 a marca de 4 GW em contratos. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o Country Manager da empresa no Brasil, Daniel Pansarella, lembra que desde o início do ano os resultados já têm sido bons, com cerca de 1 GW no primeiro trimestre. O executivo aposta na qualidade do produto e no corpo técnico da Trina para chegar no número almejado.
Pansarella conta que novas regulamentações para placas publicadas pelo Inmetro têm trazido seriedade ao setor. O órgão agora só permite equipamentos com tolerância de potência positiva, de 100% a 105%. Anteriormente havia uma tolerância negativa de até 5%. Segundo ele, essa regra afastou os fabricantes que não tem compromisso com a qualidade, chamado de ‘fake power’. A necessidade da entrega de qualidade nos equipamentos era uma espécie de profissão de fé da Trina. “Em toda a nossa história, sempre vendemos potência positiva. A legislação brasileira permitia isso, mas nunca aceitamos discutir”, explica.
Ele ressalta a importância da qualidade em um empreendimento que tenha um contrato de 30 anos. Um produto de baixa qualidade poderia levar a um desempenho de 5% a menos durante todo esse tempo. “O investidor faz o investimento de longo prazo em geração. 5% de performance a menos é menos energia e menor recuperação do investimento”, aponta o executivo, durante o TrinaDay, realizado no Rio de Janeiro (RJ) na semana passada.
Com atuação reconhecida no desenvolvimento e fabricação de células e módulos fotovoltaicos, a Trina tem se apresentado como fornecedora de soluções integradas. A TrinaTracker produz rastreadores solares equipados com Inteligência Artificial. Por conta do potencial do mercado brasileiro e dos países vizinhos, foi construída uma fábrica em Salvador (BA), ampliando de 7,5 GW para 10 GW por ano a capacidade global de produção de rastreadores. Apenas a Espanha, em Viana, possui fábrica da Trina fora da China.
A produção da planta brasileira pode ser comercializada pelo Finame do BNDES. O rastreador da companhia obteve o Finame no modelo Vanguard 1P. Além de módulos e trackers, a área de armazenamento deve ser um dos próximos nichos de negócios no Brasil. A Trina já atua em desenvolvimento e fornecimento global de produtos e soluções em armazenamento de energia, com uma divisão Battery Energy Storage System. Já foram lançadas células de com capacidade de 280Ah, 306Ah e 314Ah. A unidade chilena está em estágio mais avançado que no Brasil. “Já tem um time de BESS no Chile estruturado. Lá já há projetos em andamento”, observa.
Em maio, a BloombergNEF classificou pela segundo trimestre consecutivo a Trina Storage como empresa de nível 1 no segmento de sistemas de armazenamento. Através de otimizações como o aumento de ciclos, melhorias de segurança e maior densidade de energia, a empresa obteve redução de custos e melhor desempenho dos produtos, com vantagem competitiva em segurança e eficiência. A classificação é válida para o segundo trimestre de 2024.