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A Celesc pretende investir cerca de R$ 100 milhões na modernização de seus sistemas. Com isso, cerca de 3,5 milhões de clientes da companhia terão acesso a todos os serviços de forma mais prática e sem precisar sair de casa. “Estamos apostando na digitalização, redes inteligentes e um retorno mais rápido possível. Ao todo serão 80 serviços implantados que serão feitos junto a distribuidora através do celular”, disse Tarcísio Rosa, presidente da Celesc.

O executivo afirmou durante o Congresso de Inovação na Distribuição de Energia Elétrica 2024 que, através dessa inovação, a companhia conseguirá avisar os clientes sobre falta de energia, se já estão trabalhando no reabastecimento e em quanto tempo isso será feito. “O processo está em franca transição e admito que tem problemas, mas estamos no rumo certo e esse é o caminho da modernização”, afirmou.

Ele também destacou que o cliente poderá acessar a Celesc como se fosse um banco. “Hoje ninguém vai mais ao banco e, logo, logo, ninguém vai precisar ir a uma loja da Celesc também”, ressaltou o presidente da companhia.

Porém, o executivo relatou que a intenção não é fechar todas as lojas físicas e tornar tudo absolutamente digital. “Não há a intenção de fechar tudo, até porque as pessoas mais antigas não tem familiaridade com essa nova tecnologia. Por enquanto estamos tentando fazer com que tudo seja feito de uma maneira mais amigável possível”, ressaltou.

Privatização

Com relação a privatização da empresa, Tarcísio Rosa afirmou que quando foi convidado a assumir a presidência da Celesc ele se comprometeu que para não privatizar a empresa teria que crescer e ser mais competitiva no mercado. “O nosso trabalho é fazer que ela continue crescendo mesmo que ainda pública. A gente tem uma condição boa no mercado cooperativamente com outras empresas, mas as discussões sempre vão existir e sempre vai ter gente interessado. Eu vejo que sempre vai ter empresas interessadas a se juntar a Celesc”, explicou.

O executivo ainda lembrou que o governo detém 50,3% das ações da empresa, a EDP tem 30% das ações e a Eletrobras tem 10% e o restante está pulverizado. “No conselho de administração temos conselheiros da EDP, da Eletrobras e outros acionistas privados também. Com isso, o conselho e a direção da empresa seguem diretrizes com cunho privado dentro daqueles moldes que são necessários”.

Realidade virtual

E de olho nas inovações, a Celesc trouxe ao mercado um treinamento de eletricistas com o uso de realidade virtual (RV). O simulador combina elementos físicos e virtuais para criar um ambiente imersivo, capaz de simular 14 cenários diferentes. Em cada um, é possível ajustar condições climáticas, enfrentar desafios técnicos e utilizar diversos equipamentos, proporcionando um treinamento abrangente e realista.

“Este é o momento de mostrar como a tecnologia pode transformar a maneira como treinamos nossos profissionais e gerenciamos nossos recursos. A Celesc está comprometida com a inovação contínua e a busca por soluções que tragam benefícios tangíveis para nossos consumidores, nossos profissionais e a sociedade como um todo. Acreditamos que o futuro da distribuição de energia está na integração de tecnologias disruptivas que promovam eficiência, segurança e sustentabilidade. Estamos prontos para liderar essa transformação”, finalizou o presidente da Celesc.