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Após audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho ontem entre a Eletrobras e entidades sindicais para o encerramento das discussões sobre o Acordo Coletivo de Trabalho, foi decidido que a empresa fará ajustes na proposta apresentada. Já os sindicatos deveriam deliberar sobre a suspensão da greve, o que foi decidido pela Base Rio (Eletrobras Holding e Furnas) em assembleia na manhã desta sexta-feira, 14 de junho.

O movimento deve ser seguido pelas demais bases. A audiência no TST foi mediada pelo ministro Mauricio Godinho Delgado. A paralisação começou no último dia 10. A Eletrobras deverá entregar a nova proposta de ACT até a próxima segunda-feira, 17 de junho. No dia 21, será realizada uma nova audiência no TST para conclusão final. Não haverá desconto dos dias parados.

O pedido era que a empresa abrisse novamente a negociação, no prazo de 30 dias, para revisão das propostas referentes ao ACT. A Eletrobras havia decidido não participar da mesa de conciliação, por considerar que já havia feito flexibilizações da proposta do acordo.

De acordo com o TST, um dos pontos mais discutidos foi a mudança do plano de saúde feita pela empresa, que era próprio e mudou para privado. Os trabalhadores alegavam que o novo plano não atende às suas necessidades e querem período de transição até dezembro. A Eletrobras alegava que os custos até dezembro seriam muito altos e que uma comissão acompanharia a migração.

A empresa aceitou a proposta do ministro de transição de 90 dias a partir da assinatura de todos os funcionários e dependentes, para pessoas com tratamentos ambulatoriais e domiciliares contínuos, como hemodiálise, quimioterapia e internação hospitalar, entre outros similares, o prazo irá até dezembro de 2024. Sobre as férias, a sugestão do ministro de gratificação de 50% para os dois anos de vigência do ACT também foi acatada pela Eletrobras. A proposta da companhia era de 50% no primeiro ano e 30% no segundo.

Não houve consenso sobre o reajuste salarial dos funcionários. A Eletrobras queria reajuste pelo IPCA a partir de 1° de maio apenas para quem ganha até R$ 6 mil. Salários acima disso teriam abono de R$ 7 mil e R$ 9 mil, sem natureza salarial. O ministro relator propôs reajuste pelo IPCA para todos que ganham até R$ 6 mil, e acima disso, ficariam mantidos os abonos propostos pela empresa. A Eletrobras só aceitava essa proposta se o abono de R$ 9 mil fosse reduzido para R$ 4 mil, com o abono de R$ 7 mil mantido.