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A Athon Energia iniciou o ano anunciando a compra de 13 usinas fotovoltaicas da RGD com potência instalada superior a 50 MWp. Assim a companhia ampliou sua capacidade operacional para 162 MWp que devem estar totalmente funcionais ainda neste semestre. Esse meio de expansão está no radar da empresa nascida com o advento da popularização da modalidade de geração distribuída no Brasil, proporcionada pela REN 687 da Aneel. A previsão é de encerrar 2024 com pouco mais de 200 MW de capacidade instalada em operação.

A empresa conta atualmente com 40 usinas em seu portfolio. Começou a atuar em 2018 em Minas Gerais e hoje, segundo seus dados, contabiliza mais de R$ 700 milhões em investimentos. Está presente em 9 estados brasileiros: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Até 2026, o plano prevê aplicar mais R$ 1 bilhão, sempre em GD destinado a grandes empresas.

No pipeline são 100 MW em novos projetos que deverão sair do papel em breve. Essas usinas estão em mais 4 novas áreas de concessão que a companhia ainda não atua. Contudo, a empresa relaciona duas restrições bem diferentes que podem fazer o ritmo de construção ficar mais moroso. Uma dessas não preocupa a empresa, que é a financeira. A outra é a questão da conexão junto às distribuidoras. Dos volume de projetos, a empresa estima que há até 30 MW que podem ficar para 2026, os demais em 2025. Neste ano a estimativa é de fechar em até 60 MW.

Breno Megale, sócio-diretor da Athon comenta em entrevista à Agência CanalEnergia que o crescimento da companhia tem se dado de forma exponencial. “Basicamente a gente vai dobrando todo ano isso na média. Com o passar do tempo, apresentar expansão nesse nível de grandeza é cada vez mais desafiador, pois a base de comparação fica cada vez maior”, diz ele.

Daniel Maia, CEO da Athon, explica que a companhia possui um estoque de projetos próprios na GD 1 e GD 0 que ainda estão em desenvolvimento interno. Esses somam cerca de 100 MW de potência. Segundo ele, esse é o foco atual da companhia ao mesmo tempo em que olha para o mercado de aquisições, assim como fizeram no início do ano.

Ele acredita que o setor passará por uma consolidação ao passo que o mercado avança no Brasil. E nesse processo ele coloca a Athon como uma das empresas que liderarão o setor de geração distribuída solar. Ele elenca que o foco da companhia é o de atuar junto a grandes empresas e não como outras concorrentes como a Vibra e a (re)energisa que atendem a um mercado mais pulverizado.

As perspectivas é de que no futuro a GD alcance 50 GW no Brasil, sendo que desses, 20% pelos menos seja de usinas na modalidade remota, que é o negócio da companhia. E o valor dessas usinas, avalia Maia, é alto.

“A gente acha que o Brasil terá cinco players, que vão ser donos talvez de 5 a 6 GW de um total de 12 GW. Os outros devem se manter pulverizados nas mãos de centenas de participantes do mercado”, estima Maia.

Essa atividade de avaliar ativos e ir às compras começou há um ano. “Até então, fazíamos tudo dentro de casa, ou seja, procurávamos o terreno, desenvolvíamos o projeto e construímos a usina para um cliente”, explica. “Apesar disso, não deixamos de lado a nossa origem, vamos continuar a fazer com os projetos próprios, o que vimos ao ir ao mercado é um espaço para complementar o nosso crescimento até para seguir um pouco dessa ambição que o Breno trouxe”, aponta o CEO.

Do total de 162 MW, 80% desses ativos estão divididos entre apenas 5 clientes. No total são 15 clientes que a companhia mantém, revelam os executivos. A empresa mantém dois modelos de negócio que sempre são de longo prazo, a média dos contratos que atualmente estão em vigor é de 17 anos. Ao final do período o cliente pode ficar com o ativo e outra possibilidade é a de devolver a usina, numa espécie de aluguel da usina.

Maia explica que esse modelo de operação deve-se ao fato de que no início o mercado era é baseado numa lógica infralegal, no regulatório da Aneel, então a maneira de mitigar riscos era manter contratos com grandes consumidores. Hoje são empresas de saneamento como a Rio Mais em Seropédica (RJ) e Vivo de telecom entre os principais clientes.

Atuar nesse nicho, detalha o CEO, vem do fato que grandes corporações acabam encontrando problemas quando entram em usinas de GD em formato de consórcios. Mesmo sendo um risco pequeno o departamento Jurídico dessas empresas impõem barreiras. E é nesse modelo de negócios que, segundo ele, a Athon se difere das duas outras empresas citadas.