Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Apostando em um ambiente forte para M&A, IPOs e follow-ons forte no segundo semestre desse ano, a PwC avalia que o Brasil continua atrativo para investimentos em energia renovável. De acordo com Adriano Correia, sócio e líder do setor de energia e serviços de utilidade pública da PwC, a matriz limpa e a expertise em operar um sistema renovável dão ao país lugar de destaque na vitrine.

Estudo com CEOs sobre M&A feito pela consultoria mostra que desde o segundo semestre de 2022 houve uma queda no volume de fusões e aquisições, por conta de aspectos como as eleições presidenciais e o aumento da inflação e dos juros. Mas a mudança de cenário com a melhora nos índices faz com que a perspectiva melhore e permita o reaquecimento das transações.

“Se pensarmos em complementaridade de fontes, em como o Brasil pode jogar com essas fontes para ajudar na descarbonização, não tenho a menor dúvida que estamos em uma posição extremamente privilegiada e temos aqui um potencial enorme de atrair investimentos e recursos”, aponta.

O estudo global diz ainda que 97% dos líderes de Energia têm iniciativas em andamento ou já concluídas para melhorar a eficiência energética e 91% tem planos para inovar em produtos e serviços com baixo impacto climático. Segundo Correia, players que já são consolidados em renováveis tem buscado a aquisição de outros players, enquanto que ainda não estão começam a buscá-la, olhando para o hidrogênio.

A agenda de descarbonização tende a alavancar negócios no setor. Players que ainda não tem presença forte em energias limpas começam a se movimentar. A necessidade de crescimento e diversificação também aparecem cada vez mais, com a comercialização de energia indo para a vitrine. “Esses fatores ajudam a ter um aumento no número de transações”, observa.

A conferência do clima COP 30 que será realizada no ano que vem em Belém (PA), também é na visão de Correia, um fator que potencializa negócios em renováveis. Comenta-se que um eventual novo acordo assinado pelos líderes poderia ter o mesmo peso que o de Paris. Ele acredita que a expectativa pela COP 30 já é alta – ainda que antes seja realizada a COP 29, em Baku, no Azerbaijão – e que a partir da reunião do G-20 esse ano, no Rio de Janeiro (RJ), reflexos nessa direção serão sentidos.

A aprovação do marco legal do hidrogênio também será mais um fator impulsionador de negócio no país. O PL está para ser votado no Senado ainda esta semana. Muitos memorandos já foram assinados, mas a produção em larga escala ainda não começou. “Devemos começar a ver esses investimentos sendo destravados se não este ano, no começo do ano que vem”, avisa.

Apesar do bom cenário, Correia lembra que o cenário de excesso de oferta de energia em um primeiro momento traz incerteza para o investidor de fora. Mas o segundo momento mostra que o futuro reserva muitas oportunidades ao Brasil, em que nichos como os Data centers despontam como grandes consumidores de energia. “Não faz sentido montar DCs em um país que não tem energia renovável e a gente tem para oferecer, temos capacidade e local”, avisa.