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Com o crescimento das fontes renováveis, o mercado de gás natural precisa se posicionar para não perder espaço no setor elétrico. Durante o Enase, que acontece nesta quarta-feira, 19 de junho, no Rio de Janeiro, ao olhar a curva de consumo dos últimos anos é possível ver a demanda firme do gás natural, como sua utilização em usinas termelétricas, além disso, o gás natural desempenha um papel fundamental na transição energética, por oferecer a segurança energética que muitos países precisam, principalmente na Europa.

De acordo com Marcelo Lopes, Diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, o papel das térmicas é que sua relevância e importância não diminui. A demanda por eletricidade é grande e continuará crescendo. Para a evolução da eletrificação é preciso contar com fontes despacháveis para garantir de forma segura a continuidade do fornecimento de energia.

Cláudia Brun, Vice-Presidente de Midstream da Equinor, concorda que para viabilizar cada vez mais as fontes renováveis é preciso observar uma necessidade de segurança quando, por exemplo, essas fontes não puderem entregar o que está sendo proposto. “As termelétricas a gás natural são o meio para trazer essa segurança. A questão é como fazer isso, já que o setor elétrico exige um gás mais flexível e falar em flexibilidade é falar de uma resposta rápida para demanda e setor como um todo”, apontou. Cláudia afirmou ainda que o gás natural precisa aprender com o planejamento do setor elétrico e qual o cenário de oferta e demanda ainda precisa ser discutido.

Outro grande desafio que o mercado de gás natural pode encontrar é regulatório. Embora exista uma regulamentação federal que vem da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cada estado também possui sua regulamentação própria e isso muitas vezes pode se tornar um entrave para o desenvolvimento. “A regulamentação do gás é 26 vezes mais difícil que do setor elétrico. O setor elétrico e setor do gás são mercados distintos, mas altamente complementares”, destacou Juliana Passadore, Gerente Regulatório, da Shell Brasil.

O ponto unânime é que um canal precisa ser estabelecido para entender um pouco melhor a peculiaridade do setor de gás natural, mas existe a dificuldade de como lidar com a flexibilidade, visto que o setor de gás precisa do setor elétrico. “O custo elevado do gás natural pode fazer ele perder mercado. E onde está o erro? Na produção, na demanda? Como viver no mundo globalizado onde o preço do gás é alto para competitividade interna e externa e a quantidade de subsídios é muito elevada?, encerrou Mariana Amim, Diretora de Assuntos Técnicos e Regulatórios, da ANACE.