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Para destravar projetos que podem acelerar a descarbonização, especialistas acreditam que o primeiro passo é dar uma atenção especial a questão dos subsídios. Segundo a vice-presidente da Neoenergia e vice-chair do Pacto Global da ONU, Solange Ribeiro, existem muitos casos bem-feitos, como o Luz Para Todos, mas ela afirmou que esses subsídios têm ser uma coisa inicial e por um período certo.

Ela ainda declarou durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado na manhã desta quarta-feira, 19 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), ter medo de um subsídio perverso. “Temos que ficar atentos para essa má solução não cair no colo do consumidor e esse benefício da energia renovável tem que chegar a eles. Demos um passo importante com essas novas tecnologias, mas outras questões como o hidrogênio ainda não existe um incentivo”.

O foco desse painel visou refletir sobre o atual momento do país frente a adaptação as mudanças climáticas e ao movimento rumo a utilização de fontes de energia mais limpas, renováveis. Solange afirmou que de uma maneira geral são necessários modelos regulatórios, que olhem cada fonte de fato com a complementariedade delas. “Na prática precisamos desenvolver o mercado. A gente tem um sistema de transmissão fantástico e poucos países têm essa ligação que o Brasil tem”, explicou. Ela também lembrou que os investimentos em infraestrutura totalizaram R$ 213 bilhões no ano passado, e desse total cerca de R$ 93 bilhões no segmento de energia.

Quando questionada sobre a ambição climática estar presente dentro das empresas, Solange afirmou que as companhias que querem estar em pé daqui 30 anos têm que olhar para esse movimento. “O setor privado tem um papel importante em assumir as metas de ESG e de descarbonização. É importante que cada uma tenha a sua ambição definida”, ressaltou.

Para a presidente executiva da Abiogás, Renata Isfer, é necessário pensar e fazer um planejamento energético para não ficar desordenado. “O governo tem que dar um direcionamento, pois quando se tem isso você automaticamente dá um direcionamento ao investidor”, disse.

Ela também alertou que quando a gente fala no Brasil ser o protagonista em energia limpa é preciso mostrar para o mundo que as soluções não passam única pela eletrificação. “Temos outras soluções importantes e elas ainda não são reconhecidas aqui, como é o caso da bioenergia”. Ainda segundo a executiva da Abiogás, existe um grande desafio de como agregar valor aos produtos que são exportados. “Os produtos que são produzidos aqui têm pegadas de carbono baixas e precisamos trabalhar com isso”, destacou.

Já para o diretor de relações institucionais da Casa dos Ventos, Fernando Elias, o Brasil tem uma condição ímpar quando é comparado a outros países do G20. “Temos uma matriz totalmente interligada e baseada em renováveis. Contudo, a hidrelétrica é um recurso fundamental e ele vem para permitir a expansão de outras fontes, como a solar e eólica, de uma maneira competitiva”, destacou. Ele também pontou que os reservatórios prestam um grande serviço e garante a estabilidade na rede, porém são necessários alguns ajustes e remunerar melhor o papel das hidrelétricas no Brasil.