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A Empresa de Pesquisa Energética vai divulgar na semana que vem duas notas técnicas envolvendo a eólica offshore. Segundo a analista de Pesquisa Energética da EPE, Amanda Vinhoza, o primeiro estudo trata da área máxima a ser cedida no leilão que pode acontecer ano que vem, numa análise otimista da agenda regulatória. O outro versa sobre o valor a ser pago para União na cessão dos territórios.

“Mais para frente vamos definir uma metodologia de área levando em consideração diversos pontos, baseados também em experiências internacionais”, comentou a especialista durante um dos últimos painéis do primeiro dia do Enase 2024, que acontece no Rio de Janeiro.

Uma das dificuldades relatadas por Amanda no processo é que o país ainda não possui o Planejamento Especial Marinho (PEM), instrumento importante para definição de como serão as implementações, mas reforça que a entidade está utilizando as diretrizes para embasar os estudos e reduzir riscos futuros.

A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, destacou que espera a definição da lei para esse ano sem os jabutis para a efetivação do leilão das áreas em 2025, com a rota seguindo por mais quatro anos para os levantamentos da primeira licença para o leilão que vai ofertar a energia futura, com as implementações no mar previstas para 2031 e 2032.

“Estamos num momento péssimo, em um vale de mercado com excesso de oferta estrutural e de projetos em carteira, numa conjuntura que não permite pensar um pouco mais. Mas também tenho avistado alguns montes”, ilustra a executiva.