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Os leilões de transmissão são enormes e envolvem bilhões de reais e para os anos de 2024 e 2025 estão previstos leilões em março e setembro de cada ano. Segundo a diretora da Aneel, Agnes Costa, para setembro desse ano são esperados R$ 4 bilhões em investimentos no leilão de transmissão e para março de 2025 cerca de R$ 1 bilhão. “Eles são significativamente menores. O primeiro com 4 lotes e 2 sublotes e 14 linhas de subestações”, disse.

Agnes ainda afirmou que dentro desses lotes tem uma parte que são de concessões vincendas. “Eu acho que isso é a inovação desse certame e aí são lotes de tamanhos distintos também, mas nada muito grande como nos últimos três leilões que a gente fez”, explicou.

Com relação a perspectiva de mudança no tamanho dos lotes, Agnes declarou que todos os anos o fluxo de planejamento dos leilões é bastante intenso e repetitivo. “Isso porque tem o planejamento da expansão e o input muitas vezes vem, tem uma parte que é do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) com base nas informações dos próprios agentes sobre reforços e melhorias. E mesmo com base nos estudos da EPE, a gente então começa a desenhar, digamos assim, os lotes para as licitações”, ressaltou.

Sobre as hidrelétricas reversíveis serem uma boa alternativa para os leilões de reserva de capacidade, Agnes afirmou que consta na agenda regulatória. “É preciso olhar para a regulação e com mais clamor o interesse em hidrelétricas reversíveis no Brasil. Quando a gente está nessa situação de olhar para a potência, para a flexibilidade, para a capacidade, storage na prática, então faz tudo sentido. Então eu acho que será incorporado na medida que as pernas do setor público conseguirem acompanhar, porque assim, no fundo são muitos estudos, produtos e contratos para desenhar”, disse.

Quando questionada sobre a necessidade dos leilões de A4 e A6, dado que as distribuidoras estão sobrecontratadas, Agnes declarou que tem a obrigação de fazer porque se houver necessidade e as distribuidoras declararem é necessário criar os mecanismos para a contratação. “Mas na prática o que a gente vê é que a depender da demanda que tem sido sempre muito baixa você não consegue realizar muita expansão, muitos novos empreendimentos necessitados”, explicou.

Eletrobras e futuro da expansão em termos de leilão

O diretor de negócios em transmissão da Eletrobras, Fernando Cardozo, lembrou que a empresa passou recentemente por um processo de desestatização e no leilão de junho do ano ela foi a única ofertar em todos os lotes.

Ele ainda ressaltou que a companhia tem hoje R$ 10 bilhões em leilão de transmissão sendo executados dentro da empresa. Com relação aos ativos envelhecidos, Cardozo explicou que a Eletrobras olha para eles em muitos detalhes e faz investimentos robustos. “Ao todo são 240 reforços e melhorias de grande porte autorizados pela Aneel, R$ 7 bilhões em investimentos nesses ativos”.

O diretor finalizou dizendo que a Eletrobras investe focada na geração de valor. “Ela é um grande player que vai estar presente nos investimentos dessa infraestrutura tão necessária para o Brasil e que tem tido muito sucesso na forma de ser ofertado”, disse.