Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Para continuar tendo acesso a todos os nossos conteúdos, escolha um dos nossos planos e assine!
Redação
de R$ 47,60
R$
21
,90
Mensais
Notícias abertas CanalEnergia
Newsletter Volts
Notícias fechadas CanalEnergia
Podcast CanalEnergia
Reportagens especiais
Artigos de especialistas
+ Acesso a 5 conteúdos exclusivos do plano PROFISSIONAL por mês
Profissional
R$
82
,70
Mensais
Acesso ILIMITADO a todo conteúdo do CANALENERGIA
Jornalismo, serviço e monitoramento de informações para profissionais exigentes!

Mesmo com todo o avanço para a descarbonização, parece que nem todos conseguem atingir a meta estipulada pelo Acordo de Paris, que determina que os países desenvolvidos deverão investir US$ 100 bilhões por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. Os desafios políticos e econômicos são os principais entraves, no entanto, questões culturais também podem atrapalhar esse desenvolvimento.

Durante o painel inicial do segundo dia do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, que acontece nesta quinta-feira, 20 de junho, no Rio de Janeiro, foi debatido quais os caminhos devem ser seguidos para um futuro descarbonizado. Solange Ribeiro, Vice-presidente da Neoenergia e Vice Chair do Pacto Global da ONU, disse que falta coragem para os países definirem suas metas, “Falamos muito em energia renovável, mas ainda temos térmicas a carvão sendo construídas em alguns países”, apontou Solange.

A energia renovável deve ser vista como grande facilitador da mudança climática no mundo, mas a questão da eficiência energética é outro ponto importante, visto que o consumo e o desperdício é outro grande pilar. As situações que precisam ser corrigidas devem acontecer através de políticas mais claras e mais rígidas, além de ações mais concretas. “Já passamos da fase do que é que vamos fazer. Agora é preciso reduzir os subsídios de combustíveis fósseis, entendo o papel no médio prazo, mas isso precisa acontecer, é preciso trabalhar o financiamento de combustíveis de investimentos sustentáveis”, destacou Solange.

Para Rafaela Guedes, Senior Fellow do Grupo de Energia (CEBRI), as mudanças que precisam ser feitas vão de encontro à realidade de cada país, como os financiamentos e a diferenciação na redução dos custos de incentivos. “A Europa começou a reverter seu posicionamento com combustíveis fósseis. Já os EUA, desde a revolução industrial, foi a primeira vez que conseguiu reduzir abaixo de 70% a matriz com o uso de fósseis. Já a China tem metas claras, utilizando a energia solar em larga escala”, afirmou.

Algumas barreiras podem ser encontradas ao longo desse caminho para a descarbonização, principalmente diante do consumidor de baixa renda, no entanto, projetos de microgrid podem ser uma alternativa, como o desenvolvido pela Neoenergia na comunidade Xique-Xique, em Remanso, na Bahia, onde mais de 100 famílias receberam a instalação de uma usina solar e da rede de distribuição que formam o sistema de microrrede. O sistema poderá garantir um consumo médio de 80 kWh mensal para os consumidores locais.