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Com a transição energética e a descarbonização acontecendo e para que seja possível atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris, muitas empresas precisam se adaptar para diminuir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). No Painel: Títulos sustentáveis e Mercado de Baixo Carbono, que aconteceu no segundo dia do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, na última quinta-feira, 20 de junho, no Rio de Janeiro, foi apontado que para sobreviver nesse mundo proposto para a descarbonização, é preciso que as empresas tenham operações cada vez mais limpa, mesmo que elas ainda tenham pegada carbono.

Segundo o debate, no Acordo de Paris foi determinado que os países precisam reduzir suas emissões, mas em nenhum momento foi estipulado como isso deve ser feito, afinal cada país tem um universo de ferramentas ao seu alcance. De acordo com Maria Izabel Magalhães, Gerente de Mercado de Carbono da Petrobras, o acordo não determina qual fonte ou meio cada país deve utilizar para que as emissões sejam diminuídas, o que é dado é um prazo e uma meta para que isso seja feito.

“A eletrificação, os biocombustíveis e explorar novas tecnologias, como a captura de carbono, hidrogênio, esses são os caminhos para o futuro. Hoje estamos discutindo o mercado de carbono para ver como distribuir essas metas em cada setor. O orçamento de cada setor é que vai ser a base de mercado de carbono. Os setores devem participar da discussão e da construção de qual a rota o Brasil vai tomar, só assim vamos levar as possibilidades ao governo para descarbonizar a matriz energética e não somente a matriz elétrica”, destacou Maria Izabel.

A Petrobras tem como estratégia macro a descarbonização intrínseca, e para isso, visa tornar as térmicas mais eficientes. Segundo Maria Izabel, a companhia tem recorte do escopo 1 e 2, que são classificações de emissão de gases de efeito estufa (GEE), definidas pelo GHG Protocol, e tem como meta expandir o escopo 3, onde prevê, além de reduzir a pegada de carbono, oferecer produtos energéticos mais sustentáveis, investindo assim em eólicas, solar, entre outros. “Esse é ponto importante, onde entram os planos de I-REC, entre outras medidas”, apontou.

Os títulos sustentáveis, como as I-RECs (sistema global de certificação que comprova a origem renovável da energia utilizada por empresas e indústrias) podem ser a saída para empresas que pretendem, e devem, se adequar à nova realidade. Os tipos de certificados podem variar conforme a necessidade das empresas, são eles: Greenbonds, que são ativos específicos ou programático, ligados ao conceito de NetZero; os I-RECs, que servem para comprovar que a energia consumida é proveniente de uma fonte renovável; o GAS REC ou I-REC (G), que é a certificação de gás natural renovável; e por fim, os créditos de carbono.

De acordo com Fernando Giachini Lopes, diretor executivo, do Instituto Totum (Certificadora especializada em Selos, Certificações e Programas de Autoregulação), por meio do GAS REC, empresas podem fornecer rastreabilidade renovável do seu consumo de gás, podendo diminuir a pegada de carbono relativa a essa fonte de emissão. Já nos créditos de carbono, o Instituto Totum está em processo de homologação para se tornar um verificador acreditado de projetos de carbono no Brasil. Até o momento, segundo Lopes, já foram emitidos mais de 116 milhões de I-RECs, mais de 2 milhões de GAS REC.