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A última revisão semanal do Programa Mensal de Operação de junho mostra as afluências em níveis bem abaixo da média de longo termo em quase todo o país. No Sudeste/ Centro-Oeste, a estimativa é de encerrar o mês em 54%, no Norte o índice projetado é de 51% e no Nordeste é menor ainda, apenas 40%. No Sul a energia natural afluente está acima da média com 145% da MLT.
Houve uma leve variação na previsão de carga ante a semana anterior. Agora a projeção é de que seja registrado aumento de 4,4% quando comparado ao ano passado. No maior submercado, o SE/CO o índice de expansão é de 3,8%, no Sul é de 4,3%, 3,9% no NE e o mais elevado está no Norte com 9,2%.
Segundo o ONS, na próxima semana, para as regiões Sudeste e Centro-Oeste é esperada a continuidade do fenômeno do Veranico, fenômeno característico do final do outono e início do inverno, com o predomínio de temperaturas elevadas, baixa umidade relativa do ar e baixo acumulado de precipitação. Na região Sul tem-se a expectativa de passagem de fria, iniciando no domingo e dissipando ao longo da semana, ocasionando instabilidades no sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde são esperados aumento dos totais de precipitação (persistência de chuvas).
As temperaturas e totais de precipitação nas capitais dos estados que compõem os subsistemas Nordeste e Norte devem se manter estáveis com relação a essa semana e com relação ao comportamento típico para época do ano. Há indicação de ocorrência de chuva no litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte, porém em menor intensidade do que a observada na semana em curso. Outro destaque é a redução da amplitude térmica no Nordeste.
Na semana encerrada nesta sexta, indica o Operador, ocorreu precipitação acima da média nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai, além de pancadas de chuva na bacia do rio Iguaçu. A bacia do rio Madeira também registrou precipitação em pontos isolados. Já na semana que vem deve ocorrer precipitação nas bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Uruguai e no Iguaçu.
Os níveis dos reservatórios estão em queda em todos os submercados. No SE/CO a expectativa é de que encerre o mês com 67,3% da capacidade armazenável total. No Sul a indicação é de chegar a 83,8%, no NE em 68,4% e no Norte o nível mais elevado com 88,2%.
Como consequência, o custo marginal de operação médio na semana aumentou para R$ 24,23 por MWh em todo o país. O valor apontado pelo Decomp no patamar de carga pesada é de R$ 25,03, na média está em R$ 24,35 e a leve é de R$ 23,84.
Mesmo com o aumento do CMO médio a previsão do despacho térmico está apenas por inflexibilidade declarada pelas térmicas. São 4.272 MW médios previstos nos próximos sete dias.