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A Empresa de Pesquisa Energética deve iniciar em novembro deste ano estudos para avaliar a necessidade de transmissão para projetos de hidrogênio no Nordeste. Durante painel realizado na última quinta-feira, 20 de junho, no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, o Superintendente de Estudos da Transmissão da Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Dourado, revelou que esses estudos – que devem durar um ano e envolvem a conexão para o energético – são mais desafiadores que os efetuados para as renováveis.

O desafio para o dimensionamento do sistema viria por conta da quantidade e do tamanho dos projetos de H2 para a região. A carga pico nordestina é de 16 GW e o quantitativo de projetos envolveria cerca de 30 GW.

Ainda de acordo com Dourado, a elaboração desse estudo vai demandar uma avaliação junto ao Ministério de Minas e Energia, uma vez que será preciso saber qual parâmetro de carga será adotado. “Nem todos os projetos estarão com o mesmo nível de maturidade. Vamos discutir com o MME quais as premissas do estudo”, avisa.

A EPE deve apresentar em julho o estudo do bipolo do Madeira em modo reverso. De acordo com Dourado, o sistema será preparado para operar no sentido reverso, enviando energia de São Paulo para a região Norte. Em 2023, a seca na região fez com que o restante do sistema, de 230 kV, enviasse energia para estados como Acre e Rondônia. “Queremos aproveitar a infraestrutura do bipolo, que é mais parruda, para injetar toda a quantidade de energia que seria necessária para ter um atendimento com mais tranquilidade”, salienta.

Camila Neves, Líder de Projetos de Energia da Fortescue, lembrou que o hidrogênio renovável tinha um aspecto futurista, mas esse futuro já chegou. A carga para os projetos que envolvem o energético são altas e concentradas, reforçando o aspecto desafiador.

A necessidade de novas tecnologias na transmissão foi citada por Renato Guimarães, Coordenador de Expansão e Estudos da ISA Cteep. Segundo ele, não haverá transição energética sem transmissão. “Temos que provocar o mercado para que sejam oferecidas novas soluções”, comenta. O executivo destacou o projeto de baterias da transmissora, com um viés pioneiro no setor.

O licenciamento dos empreendimentos de transmissão foi lembrado por Luis Alessandro Alves, Diretor de Expansão e Implantação da Taesa. A demora na emissão das licenças pode causar um descasamento no início de operação dos projetos, já que o tempo de construção de um projeto de H2 ou mesmo de eólica não coincidira. Ele sugeriu o recondutoramento de LT como alternativa, por não demandar novo processo de licenciamento – apenas a atualização e dobra a capacidade da linha em menor tempo.

Segundo Dourado, a EPE já adota soluções como os recondutoramentos para suportar nova cargas. Ele frisou ainda durante o painel no Enase que muitas vezes as soluções são um mix entre o que pode ser feito no curto prazo, como o recondutoramento, e no longo prazo, como as novas linhas.

Os eventos climáticos extremos também foram abordados. Houve um consenso entre os painelistas que o tema é desafiador e exigirá decisões dos agentes de transmissão. Mas a necessidade de uma reinvenção da regulação nessa temática também foi questionada, uma vez que é preciso justificar o evento climático e as penalidades envolvidas.