Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O consumo final de eletricidade no país em 2023 cresceu 5,2%. É o que mostra o Balanço Energético Nacional (BEN)2024. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, os setores que mais contribuíram para este avanço em valores absolutos foram o residencial que cresceu 14,1 TWh em volume, ao índice de 9,1%, seguido pelo comercial que aumentou o seu consumo em 6,9 TWh, ou 7,1%, enquanto o industrial cresceu 5,7 TWh, equivalente a 2,6% e pelo setor agropecuário, com incremento de 1,5 TWh ou 4,6%.

A participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, que considera ao SIN, sistemas isolados e autoprodução de energia elétrica, atingiu 89,2% de renovabilidade em 2023. Segundo a publicação da EPE, nos últimos 20 anos, essa participação se manteve acima de 70%, patamar considerado elevado em relação aos valores mundiais. Além do alto índice de renovabilidade, diz a EPE, a matriz elétrica se mostrou altamente eficiente atingindo 78,7% em 2023 de eficiência.

A oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) atingiu 314 Mtep, registrando um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior. A participação das renováveis foi marcada pela manutenção da oferta em UHEs, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução do uso das usinas termelétricas a partir de combustíveis fósseis como gás natural e derivados de petróleo.

Assim, a matriz energética brasileira registrou 49,1% de renovabilidade, índice superior ao observado no resto do mundo e nos países da OCDE. Este é patamar mais elevado dos últimos 20 anos.

Fontes

No caso da energia elétrica, verificou-se crescimento na oferta interna de 33,2 TWh (+4,8%) em relação a 2022.A EPE aponta como destaques ainda o avanço da geração solar fotovoltaica, que atingiu 50,6 TWh na soma entre as modalidades geração centralizada e MMGD. A geração eólica atingiu 95,8 TWh (crescimento de 17,4%) e a sua potência instalada alcançou 28.682 MW, expansão de 20,7%. Houve queda de 1,9% na geração termelétrica. Com isso, a sua participação no total da geração de energia elétrica reduziu de 20,4% em 2022 para 19,2% em 2023. A geração térmica foi responsável por 135,7 TWh gerados em 2023, uma participação de cerca de 19% da geração de eletricidade total.

Ainda apontou a expansão do bagaço de cana, com 26,1% de aumento em função da produção de açúcar associada ao setor de alimentos e bebidas.

Os principais movimentos que contribuíram negativamente foram a redução de 5% do uso de carvão mineral em relação a 2022 devido à redução de 4,9% na produção de aço por redução a coque de carvão mineral. Houve redução de 2,8% no uso de licor preto em função da queda de 2,9% da produção de celulose.

Na indústria, o consumo de gás natural, utilizado em diversos segmentos, foi reduzido em 6,5%. Com exceção dos segmentos de Cimento, Não-ferrosos e outros da metalurgia, Mineração e Pelotização e Alimentos e bebidas, com aumentos de 0,2%, 5,5%, 7,2% e 19,7% respectivamente, todos os demais segmentos registraram recuo de consumo em 2023.

Emissões

Em 2023, o total de emissões antrópicas associadas à matriz energética brasileira atingiu 428 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (Mt CO2-eq), sendo a maior parte (217 Mt CO2-eq) gerada no setor de transportes.

Em termos de emissões por habitante, cada brasileiro, produzindo e consumindo energia em 2023, emitiu em média 2,0t CO2-eq. Levando em consideração os últimos dados divulgados pela Agência Internacional de Energia para o ano de 2021, cada brasileiro emitiu o equivalente a 14,5% do que um americano emitiu, 36% do que um cidadão europeu da OCDE e 26,2% do que um cidadão chinês.

O setor elétrico brasileiro emitiu, em média, apenas 55,1 kg CO2-eq para produzir 1 MWh, um índice muito baixo quando se estabelece comparações com países europeus da OCDE, Estados Unidos (EUA) e China.