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A empresa de tecnologia Radix vem apostando na Inteligência Artificial para aumentar a sua presença no setor elétrico. Nos últimos sete anos, os projetos de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica contaram com a sua presença. De acordo com Flavio Loução, Gerente Geral de PD&I da Radix, a Inteligência Artificial Generativa -aquela que pode criar textos, imagens e áudios – pode ser uma espécie de agente impulsionador para o setor. “A Inteligência Artificial Generativa ainda está pouco utilizada no setor”, explica.

A empresa começou sua história no P&D da Aneel em 2017 com o projeto do SOG, um software otimizador para as usinas da Ceran, da CPFL. O software funciona desde então e a Radix já foi contratada para a segunda fase do projeto. O SOG 2 visa melhorar o aproveitamento da água, evitar perda e otimizar a geração de energia.

Outro projeto que a Radix participa é o do Asset Performance Management 4.0, multimodelos para UHEs, criado para a AES Brasil, Enercan, Baesa e a VE. Na AES Brasil, o desafio era aumentar a confiabilidade humana nas atividades de operação remota das usinas no Centro de Operação. A IA chega com um sistema que apoia à tomada de decisão e realiza análise e diagnóstico de alarme e sugestão de ações. A solução trouxe aumento da segurança dos ativos, melhora da performance dos operadores e redução de desligamentos forçados.

Além dele, o Assistente Virtual para Centros de Operação – Speech to Text, desenvolvido para a Engie e a CPFL, visa diminuir o tempo gasto em análises de ocorrências. A Radix criou uma solução com mais eficiência operacional com aplicação de dados em pós-operação e em tempo real que deve ser entregue este ano. Ainda em 2024, a Radix deve entregar para a Eneva no Sergipe uma solução para controle de inventário automatizado. Uma inteligência artificial cria um modelo para saber o momento certo para carregar o depósito de gás.

São mais de uma centena de profissionais dedicados e 25 no núcleo interno de pesquisa em IA na Radix. No último SNPTEE, foram duas premiações. Loução conta que as novas tecnologias como a IA fez com que fossem criados três núcleos de pesquisa na Radix: transição energética, novas tendência IA e arquitetura de alto desempenho. O pesquisador já começa a ver um aquecimento do mercado em relação a IA Generativa. O Grupo CPFL fez uma chamada apenas para esse tipo de tecnologia.

Loução revelou à Agência CanalEnergia que a Radix tem buscado ser ‘antecipativa’ com relação a novas tecnologias. Segundo ele, todos os projetos dela usam algum tipo de IA. “Para a gente é aplicação de área, quase que o nosso elemento central, nosso core business”, comenta.

Ele explica que o mercado sente não apenas a aplicação da IA, mas sim a manutenção da aplicação, uma vez que os custos com nuvem e em infraestrutura é um legado problemático de alguns projetos de pesquisa. “A nossa preocupação é além da investigação da aplicação da tecnologia. Como aquilo vai se perpetuar, como vai evoluir em termos de custo e como vai deixar um legado positivo para o cliente” salienta.

Hoje a Radix tem parcerias com a Coppe/UFRJ e a UFRN e o Parque tecnológico de Natal. A empresa tem buscado participar de iniciativas internacionais, como o Energy Transition Campus, de Amsterdam, gerido pela Shell e fechado parcerias, como a acertada com a Universidade de Houston. Para o executivo, o desafio para a IA no setor é o mesmo de outros setores: modelagem e aplicação do problema. Segundo ele, o P&D pressupõe a existência de algo novo, que traz uma base mais teórica que prática para implementar a solução.

A discussão sobre a ética, constantemente levantada quando se fala em inteligência artificial, também deveria, na opinião do Gerente Geral de PD&I da Radix, vir acompanhada de uma discussão sobre segurança. Para ele, o uso indiscriminado a IA pode trazer problemas e a criação de regras é necessária, principalmente na IA Generativa, que lida com informações sensíveis.

“Na minha visão, acho que vamos precisar desenvolver algumas regras e talvez um marco para utilização, mas talvez isso mais seja mais latente quando se fala de generativa”, comenta. Ainda de acordo com Loução, essa discussão também envolverá outras tecnologias, como a web 3.0, blockchain e contratos inteligentes.