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A cervejaria Heineken Brasil lançou nesta quarta-feira, 26 de junho, o que está chamando de um novo ecossistema de atuação no país. Nomeado de Spin, a meta da companhia é promover ações de sustentabilidade e que englobam alguns dos compromissos ambientais da companhia. O investimento inicial da cervejaria é de R$ 150 milhões.
São quatro pilares em atividades para fomentar a sustentabilidade das operações, entre essas bases estão a agricultura regenerativa que permitirá a captura de carbono e a transição energética, ação que vem sendo desenvolvida pela companhia há cerca de dois anos. Além desses, a empresa sinaliza por aumentar a circularidade das embalagens de vidro e ainda a associação a marcas com impacto social.
No segmento de energia, a empresa tem a meta de alcançar 50% de seus pontos de venda, que hoje soma cerca de 1 milhão de estabelecimentos comerciais, a aderirem à geração distribuída. Essa tem como parceiras do projeto a Raízen Power e o Grupo Ultra, que investem em usinas de geração solar e fecham os contratos com esses estabelecimentos.
De acordo com a diretora de Sustentabilidade da Heineken, Lígia Camargo, esse ecossistema tem como objetivo chegar a 500 mil pontos de venda da empresa até 2030. Essa ação, explica a executiva, permite a economia de energia e mais, aumentar a rentabilidade desses comércios.
“Olhamos a transição energética com foco na descarbonização da cadeia de valor da companhia. A energia elétrica é fonte de redução de emissões e é isso que oferecemos também aos pontos de vendas e consumidores que possam ter acesso a esse tipo de iniciativa”, comenta a executiva à Agência CanalEnergia. “A energia é a segunda ou terceira maior linha de custo de nossos pontos de venda, então é positivo ajudar esse comércio na sua redução de custo, aumenta a rentabilidade e como Heineken oferecemos esse acesso aos parceiros de forma mais fácil do que ele teria ao buscar no mercado”, constata.
Lígia lembra que a cervejaria já vem atuando em pontos que estão relacionados a assuntos ESG há alguns anos. Esse caminho passou por adotar energia renovável para todas as operações da companhia. Desde o final de 2023, a cervejaria ostenta a posição de ser uma organização abastecida 100% por energia renovável. Há dois anos iniciou esse processo de adesão dos comerciantes à geração distribuída e também a consumidores residenciais, dependendo da distribuidora para compensação do net metering.
Segundo dados da empresa, atualmente há 40 mil contratos viabilizados por meio da GD. A Heineken facilita o contato entre as duas empresas do segmento que são as investidoras nos projetos de geração e as unidades consumidoras. No caso da Raízen Power, a fonte vai desde a biomassa e o biogás e, claro, a fonte solar fotovoltaica.
Em seu discurso, o CEO do Grupo Heineken, Mauricio Giamellaro, afirmou ser mais que urgente a necessidade de repensar modelos de crescimento a qualquer custo. “Diante de tantos eventos extremos, acreditamos que a colaboração é o melhor caminho para a transformação que precisa acontecer no mundo dos negócios. A roda do capital pode continuar girando se formos capazes de dar um novo sentido para essa engrenagem. Nosso movimento mais ambicioso começa agora com Spin, que vai na contramão de modelos tradicionais de verticalização da cadeia”, pontuou ele na apresentação feita.