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Na visão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o biogás e o biometano têm potencial igual ou maior do que o hidrogênio no Brasil, sendo um importante combustível a ser explorado para a transição energética. “O biometano é um tema prioritário para o banco, com oportunidades maiores e mais interessantes do que o hidrogênio, o que é pouco conhecido”, disse o gerente da área de Transição Energética do banco, André Pompeo, durante o workshop EUCD de Biogás e Biometano, que aconteceu na última quarta-feira, 26 de junho, em Brasília.
O executivo destacou como trunfos desse tipo de gás ser a única fonte que pode gerar emissões negativas e com menor custo de infraestrutura do que os segmentos de H2 e mobilidade elétrica, podendo também utilizar a malha de gás natural a ser expandida no país. “Isso tem que ser bem tratado para definir as políticas públicas e para atingir a neutralidade de carbono em 2050”, salienta Pompeo.
A “vantagem geológica” do Brasil para captura, uso, e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês), também foi classificada por ele como um tema pouco divulgado, citando a oportunidade com os reservatórios de petróleo e regiões de São Paulo, Minas Gerais e o Sul do país em que é possível armazenar o CO2 e gerar mais certificados por capturar o poluente na separação do biogás e biometano, além da possibilidade de produzir outros combustíveis e produtos derivados.
Em 2023 o BNDES aprovou quatro projetos de biometano, somando R$ 485 milhões por meio do Fundo Clima. “Esse ano estamos estudando mais alguns, mas muito aquém do que esperamos”, ressalta o gerente de Transição Energética do banco. Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia, o Brasil pode quadruplicar sua produção de biometano até 2027, tornando-se o quinto produtor mundial.