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O sistema interligado nacional deverá apresentar alta de 4,5% na carga no mês de julho. Se essa previsão se confirmar serão 73.514 MW médios. Esse dado foi apresentado no primeiro dia da reunião do Programa Mensal da Operação para o mês que começa na próxima segunda-feira. Segundo o ONS, a foto atual mostra agosto com alta de 2,4%. No ano, a expectativa é de que o país tenha uma elevação de carga de 3,7%, nível 0,1 ponto porcentual menor do que o apresentado na 1ª revisão quadrimestral do período de 2024 a 2028.

Anteriormente foi apresentada uma estimativa de crescimento maior, mas por conta do comportamento da carga no SE/CO, que está em um patamar mais reduzido, ante o esperado, o operador atualizou a expectativa. O nível esperado no mês passado era de 7,5% para julho. Agora a previsão de carga no Sudeste-Centro Oeste aponta para um crescimento de carga de 4,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em agosto a previsão atual é de alta de 1,2%. A expectativa é de que no consolidado do ano é de expansão de 3,5% patamar 0,2 ponto porcentual menor do que o previsto na 1ª revisão quadrimestral no plano de 2024 a 2028. Segundo o ONS, a carga deverá ser de 41.100 MW médios no mês de julho.

Já na região Sul, a perspectiva é de que seja verificado um índice de expansão de 3,8% no mês de julho com 12.554 MW médios, variação de 2 MW médios ante o valor estimado para o fechamento de junho. O índice estimado para agosto é de alta de 2,6% os mesmos que são apontados na 1ª revisão quadrimestral devido a incertezas sobre a carga depois dos acontecimentos no Sul. Com isso, a expectativa anual permanece no mesmo patamar da revisão, em expansão de 2,7% ante o ano de 2023. Sobre a cheia do RS, o ONS destacou que, ainda que a partir de maio a carga tenha começado a apresentar recuperação, não voltou para o mesmo nível. Como a carga na região veio acima do esperado, então a previsão do Operador manteve-se nesse patamar de crescimento apontado.

Já a indicação inicial para o mês no Nordeste é de alta de 5,2% na comparação com julho de 2023 e em agostos o índice é de 4,1%, ambos os meses estão com os mesmos índices da revisão quadrimestral da carga mais recente. No ano a estimativa é de expansão de 4,3% esse índice está acima do estudo da revisão que aponta alta anual no NE de 3,8%. Nos três meses, junho a agosto o volume está na casa dos 12.200 a 12.300 MW médios.

Para finalizar, a estimativa do Operador no Norte é de crescimento de 6,9% no mês de julho e de 6% em agosto, assim como os outros três submercados, iguais ao que se projeta na 1ª revisão. No ano, a variação é mínima, com crescimento de 6,7% ante a estimativa da revisão de alta de 6,6% quando comparado ao ano passado.

Apesar desses números, a expectativa do ONS é de um despacho térmico adicional no SIN para atendimento da ponta de carga com o aumento do consumo. Há sinalizações no deck de preços que alcançam R$ 2 mil por MWh em alguns momentos, resultado da expectativa de aumento da carga. Há previsão de despacho na região de Manaus também. Contudo, o ONS destacou que não há falta de energia e que essas são situações pontuais. Esse despacho é estimado para ocorrer em dias úteis.

Outro destaque é que as vazões no submercado Sudeste deverão ser as mais baixas para junho na série histórica de 93 anos. Segundo dados apresentados na reunião do PMO, o submercado deverá encerrar o período com apenas 54% da MLT. No NE, com 40% é calculado o 5º menor nível nesse mesmo horizonte de tempo. Enquanto isso, no Norte é estimado volume equivalente a 51% da média, ou 3º menor volume e no Sul está a exceção com 145% da MLT, sendo o 19º maior dentro desse horizonte analisado. No consolidado o SIN deverá ter junho de 2024 com 69% da MLT, o 5º menor para um mês de junho em 93 anos.