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Para o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, é um equívoco as empresas de petróleo investirem em projetos de fontes renováveis por falta de vantagens comparativas com opções que oferecem retornos muito mais elevados. “Fazer isso é um desperdício de recursos”, disse o executivo no XVIII Fórum IBEF-Rio Óleo, Gás & Energia, que aconteceu nessa sexta-feira, 28 de junho, no Rio de Janeiro.

Castello Branco completou sua frase indagando que nenhuma petroleira foi uma grande carvoeira no passado, e que as corporações ligadas ao segmento e que querem contribuir com a transição energética deveriam direcionar todos seus esforços para captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS), na sigla em inglês), com vantagens comparativas, assim como no biorrefino.

“Se fala muito nos biocombustíveis brasileiros, mas eles ainda têm um custo elevado, por vezes até o dobro do diesel”, complementa, acrescentando que os aerogeradores no mar podem ser bons para países do norte europeu, cujo fator de capacidade é baixo e o aumento da produtividade compensa o Capex mais elevado na construção dos parques. O que para o atual diretor da Fundação Getúlio Vargas não é o caso do Brasil.

“Do ponto de vista econômico não faz sentido investir em eólica offshore nesse momento”, opina, rogando que os players que desejarem aplicar recursos nessa tecnologia não devem contar com subsídios pagos via conta de energia ou impostos.

Já a presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum, disse concordar em parte com a fala do ex-presidente da Petrobras de que a offshore não é para esse momento, mas pondera que o amanhã no setor elétrico está sendo decidido agora, com a aprovação de uma lei no congresso representando as implementações no litoral apenas em 2031 e 2032. E que os custos da tecnologia caíram 40% nos últimos três anos. “Em 2004 a eólica onshore era seis vezes o preço da hidrelétrica”, ilustra.

Elbia também ressaltou que em linhas gerais o país carece de uma política pública estruturada, com a criação ao longo dos últimos anos de pseudopolíticas que acabaram criando muitos subsídios sem prazo de vencimento. “Hoje o PLD passou de R$ 1.000 o MWh, e uma das explicações é a rampa de GD, além de outras perversidades no arranjo do setor”, conclui.