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A proposta que obriga a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a atualizar periodicamente a relação dos minérios e minerais de interesse para a energia nuclear foi aprovada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Ela determina, para cada caso, os quantitativos a serem assegurados anualmente para a aplicação no segmento, com objetivo de assegurar o maior controle sobre as substâncias de interesse da política nuclear brasileira.

A CNEN é uma entidade vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com diversas competências na área nuclear, como ajudar na formulação da política nuclear nacional, negociar materiais radioativos e receber os rejeitos da atividade. O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Icaro de Valmir (PL-SE), ao Projeto de Lei 5755/19, do ex-deputado Fábio Ramalho (MG).

Valmir excluiu da proposta o dispositivo que condiciona o comércio (importação e exportação) de minerais não radioativos, mas com aplicação no setor nuclear, ao beneficiamento e industrialização no país. Entre estes estão o lítio, amplamente usado na refrigeração de reatores nucleares, baterias em veículos elétricos, entre outros fins.

“Corremos o risco de causar um enfraquecimento na produção mineral do Brasil, gerando um consequente prejuízo econômico ao país”, disse o deputado. A proposta será analisada agora, em caráter conclusivo, nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

*Com informações da Agência Câmara de Notícias