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A Fitch Ratings afirmou o rating nacional de longo prazo AAA(bra) da EDP Energias do Brasil e a perspectiva do rating é estável. Segundo a agência de risco, o rating reflete a diversificada atuação da companhia, em termos de segmentos e ativos, no setor brasileiro de energia elétrica, que ajuda a diluir riscos operacionais e regulatórios.
De acordo com a Fitch, a classificação incorpora, ainda, a manutenção da alavancagem financeira em patamares moderados, apesar da menor geração operacional de caixa decorrente da alienação de ativos operacionais e da expectativa de fluxos de caixa livres (FCFs) negativos. Ainda segundo a agência de risco, o ebitda consolidado da EDP BR devem ser de R$ 3,4 bilhões em 2024 e de R$ 3,5 bilhões em 2025, enquanto os fluxos de caixa livre (FCFs) devem ficar negativos em R$ 1,9 bilhão, em média, de 2024 a 2026.
O relatório mostrou que o positivo histórico de acesso a fontes de financiamento mitiga o risco de carregar uma liquidez mediana. A Fitch considera que a EDP BR terá sucesso nas renovações de suas concessões de distribuição, vincendas em 2025 (EDP ES) e 2028 (EDP SP), reduzindo o risco regulatório e permitindo refinanciamento com instrumentos de dívida de maior duração.
A Fitch ainda mostrou em seu relatório que o mercado no segmento de distribuição da EDP BR deve continuar se fortalecendo no horizonte do rating. O consumo de energia consolidado das áreas de concessão de suas distribuidoras deverá avançar aproximadamente 1,7% em 2024 e, em média, 2,0% de 2025 a 2027. Em geração hídrica, a agência considerou a comercialização anual média de 4,7 GWh de 2024 a 2027, com preços médios de venda de R$ 238/MWh. O Generation Scaling Factor (GSF) de 0,87 em 2024 terá impacto administrável na geração de caixa do grupo, que possui parcela descontratada de energia e contratos de compra para atender ao GSF menor. A agência estima recuperação do GSF para 0,89 em 2025, 0,91 em 2026 e 0,93 em 2027.
Para finalizar, a Fitch reiterou que o perfil de crédito da EDP BR também se favorece dos incentivos estratégicos e operacionais médios que sua controladora, a EDP – Energias de Portugal, teria para suportá-la, caso necessário.